Publicado em 20/11/2013, às 20h24 Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)
Na terceira reunião da CPI do Tráfico de Pessoas na Bahia, os membros aprovaram a realização de uma audiência pública, em Salvador, no dia 12 de dezembro, com os 20 prefeitos das cidades identificadas como rota de tráfico. “Existe uma carência de informação sobre esse crime. Queremos nessa primeira audiência propagar o assunto, principalmente, nos municípios onde as quadrilhas mais agem. Vamos elaborar cartilhas e montar estratégias de prevenção”, diz a presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito, Luiza Maia(PT).
A CPI vai iniciar os trabalhos investigando as adoções ilegais no Estado, tendo como ponto de partida o caso das cinco crianças de Monte Santo. Estão previstas oitivas, em reunião fechada, com o coordenador do Cedeca, Waldemar Oliveira e com a mãe biológica das crianças adotadas irregularmente, Silvania Mota Silva. A comissão já recebeu denuncias de que a família, hoje morando em Camaçari, está sendo ameaçada. “Fomos informados que um carro escuro está rondando a casa de Silvania e uma pessoa foi até a creche onde uma das crianças estuda para fazer ameaças a diretora”, conta Maia.
A CPI vai contar com um disque denúncia especial para Bahia. O número será divulgado em breve. Além disso, a população também pode conferir o andamento das reuniões através de um link no site da Assembleia Legislativa.
Para reforçar o trabalho das deputadas, a CPI, conta com a colaboração técnica da advogada criminalista e especialista em Tráfico Humano, Regina Machado. “É preciso pensar na vítima e essa Comissão vai focar bastante nisso. A pessoa que é traficada precisa confiar em alguém para contar seu drama e delatar os criminosos, ela não vai direto à polícia por medo. O estado deve abrir um canal de comunicação e estabelecer políticas educativas e preventivas”, diz Regina.
Classificação Indicativa: Livre
