Política

Combate à exploração e abuso sexual esbarra na falta de investigação

Juarez Matias
Constatação é do coordenador do Cedeca, Waldemar Oliveira  |   Bnews - Divulgação Juarez Matias

Publicado em 06/12/2013, às 06h06   Cíntia Kelly (Twitter: @cintiakelly_)


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Campanhas de combate à exploração e abuso sexual são sempre bem-vindas. É uma alerta para que a sociedade possa denunciar esse tipo de crime. Hoje, no Palácio Rio Branco, mais uma delas foi lançada. “Não desvie o olhar” é a campanha internacional voltada para a Copa do mundo de 2014 e as Olimpíadas 2016.


Iniciativa louvável. Mas o que o poder público faz diante das denúncias que surgem? Segundo o coordenador do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedeca), Waldemar Oliveira, no último ano, o centro recebeu quatro mil denúncias de abuso e exploração sexual, mas poucas foram investigadas.


No que diz respeito a número de denúncias, a Bahia ocupa o terceiro lugar. No entanto, poucas delas são investigadas. “Infelizmente, a polícia não dispõe de número suficiente de gente que possa investigar. Das denúncias, acho que nem 20% chegam a ser investigadas”, lamenta Oliveira.


Apesar da triste constatação, Oliveira fala da importância de campanhas de combate a exploração e abuso sexual. “É uma forma de estimular a população a não ficar calada diante de um crime como esse. O que devemos é cobrar mais investimento na segurança”.


Madrinha da campanha, a cantora Margareth Meneses pediu para que as pessoas continuassem denunciando. "Aqui não vale dizer que nã se pode meter a colher. Pode, sim. É mais do que uma questão social. É uma questão de humanidade".


O lançamento contou com a presença do governador Jaques wagner, do prefeito de Salvador, ACM Neto, entre outars autoridades.

Postada às 13h54 do dia 05 de dezembro


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