Retrospectiva 2013: veja os destaques da política baiana

O ano de 2013 foi do Democratas. ACM Neto começou o ano como prefeito da capital baiana. Mas, há quem tenha demorado de sair da mídia e de em hora fazia questão de aparecer. O ex-prefeito de Salvador, João Henrique, esteve entre os mais comentados ainda que fora da prefeitura. Além disso, teve Nilo batendo boca com Imbassahy e vereador se estranhando na Câmara. Um dos destaques tambpem vai para o governador Wagner que levou uma 'copada' no rosto durantre o desfile do 2 de Julho.

O prefeito eleito de Salvador ACM Neto (DEM) foi empossado na tarde de uma terça-feira, 1º de janeiro. Logo no início da cerimônia, o democrata se emocionou ao ouvir o hino naiconal. Os 43 vereadores e a vice-prefeita Célia Sacramento também foram empossados. Populares se aglomeram na Casa Legislativa de Salvador para o evento. O vereador Isnard Araújo (PR) preside a posse na Casa Legislativa. A mesa do evento também contou com as presenças do arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger; o senador Agripino Maia, o ex-governador Paulo Souto, o deputado federal Antonio Imbassahy, e os vereadores Carlos Muniz (PTN) e Moisés Rocha (PT), além, é claro do prefeito e da vice-prefeita eleitos.

ACM Neto já chegou visivelmente emocionado, conduzido pelo cerimonial da Casa. No momento da execução do Hino Nacional, regido pelo maestro Hamilton Fernando dos Santos e tocado pela banda da Guarda Municipal, o prefeito de Salvador chorou. Ao assinar o termo de posse ao lado da vice-prefeita mais uma vez o prefeito de Salvador, se emocionou. Logo depois, Antonio Carlos Magalhães Neto e Célia Sacramento foram declarados empossados pelo presidente da solenidade, o vereador Isnard Araújo (PR). 

Fizeram parte da mesa de trabalho os vereadores Isnard Araújo , Carlos Muniz (PTN) e Moisés Rocha (PT), o prefeito eleito ACM Neto, a vice-prefeita eleita Célia Sacramento, o cardeal e arcebispo de São Salvador da Bahia dom Murilo Kreiger, a desembargadora Maria da Graça Pimentel, o general de divisão e comandante da 6ª Região Militar Racine Bezerra, o ex-governador da Bahia Paulo Souto, o deputado federal e ex-prefeito, Antonio Imbassahy, e o senador Agripino Maia.

Não bastasse deixar a prefeitura com um índice baixo de aprovação, o ex-prefeito de Salvador, João Henrique, não deixou de pontuar as pérolas este ano. Inelegível e sem ocupação oficial, o ex-prefeito de Salvador, João Henrique, está sendo flagrado por leitores do Bocão News sempre em situações de descontração e tranquilidade. 

Certo ele, já que está, por enquanto, em longas férias, apesar de filiado ao PSL. A chance de fazer carreira como radialista não deu muito certo e a estrada percorrida no meio político não lhe rendeu bons frutos - apenas colheu reprovação de contas e rejeição de anunciantes locais, o que lhe tirou a bancada da rádio. Por isso, nada como revigorar as energias e relaxar. No sábado (21), JH almoçou com a esposa, a ex-secretária de Saúde de Salvador, Tatiana Paraíso. Em um restaurante a quilo no bairro da Graça, o ex-pepista  - de boné e sentado em um canto  - ficou no local por mais de duas horas, bem tranquilo. Tentando não chamar a atenção, ele evitou se levantar muito para completar o prato, cujo peso da tara não tem nada de popular. Mas foi no domingão que JH resolveu lavar a alma e se banhar na Baía de Todos os Santos. Com um look da moda, o ex-prefeito de Salvador estufou a barriga e se posicionou para o tão sonhado mergulho. Isso sem esquecer dos equipamentos principais. O calção de banho e o óculos. Cercado pelos olhares da esposa e de amigos, a cada degrau que descia JH se ajeitava para ser recebido pelo mar. 

Se além da alimentação e da preparação de todo bom nadador João Henrique fizer uma retropesctiva, realmente terá que receber as bençãos de Yemanjá. Se 2012 não foi bom e 2013 trouxe todos os pesadelos dele à tona, melhor mesmo se preparar bem, prender a respiração e se jogar na água sem correr risco de dar barrigada. "TCHIBUM".

Há quem diga que o 2 de Julho deste ano foi mais um momento para celebrar a Independência da Bahia - cuja história já marca os 190 anos -, mas há quem comprove que durante o cortejo a força das manifestações e a ação popular tenha transformado o cenário em um verdadeiro campo de reivindicações e revolta.

Ainda na saída do cortejo, na Lapinha, o secretário de Saúde do Estado da Bahia, Jorge Solla, foi supreedido por um empurra-empurra e, o próprio secretário confirmou que levou um tapa na cara. Solla teria se misturado a um grupo que fazia coro contrário ao prefeito ACM Neto (DEM) e acabou sofrendo a agressão. O suposto agressor não foi identificado.

Porém, o mais comentado por opositores e aliados foram os ecos das vaias que aumentavam à medida que Wagner tentava, discretamente, acenar para o público. Aliás, ninguém escapou do povo. Foi petista, democrata, simpatizantes e protetores. Em cada esquina, uma faixa. Em cada casa, um pedido por Educação, por Saúde, por Segurança, por 'Passe Livre'. Sindicatos estavam aos mil e deixaram o recado na Avenida. Teve até direito a 'briga' por imagem. Professora e diretora da APLB se desentenderam. Uma afirma: “Por pouco minha mão não sangrou. Perdeu a linha. Me chamou de filha de p***". A outra garante: “Eu não agredi ninguém. Essa acusação é inverídica e prezo pelo respeito à pessoa e respeito qualquer um”. 

Os mais exaltados não perderam a oportunidade para agir como acreditam ser a melhor maneira e, se deram mal. Uma mulher jogou um copo de cerveja no rosto do governador Jaques Wagner. A bebida pegou no petista e ela foi presa pela Polícia Militar. A identidade  da mulher ainda não foi revelada.  Houve político que arriscou comentar as vaias, como o casal petista, a deputada estadual Luiza Maia e o ex-prefeito de Camaçari, Luiz Caetano. Em conversa com o Bocão 

News, Maia disse que encara com naturalidade as vaias e que esse tipo de comportamento faz parte do processo político. “É natural que isso aconteça a qualquer um que está no poder. As pessoas precisam ir às ruas mesmo”, disse. Ela ressaltou ainda que “as pautas dos manifestantes precisam ser construtivas”.

Ao Bocão News, o prefeito afirmou que as manifestações são democráticas e que a prefeitura estará sempre aberta para ouvir o povo. Enquanto desfilava o prefeito demista foi vaiado e a população fez um sinal negativo com as mãos. Enquanto a maioria vaiava parte do grupo político de Neto aplaudia para tentar abafar. Para quem saiu às ruas, conclamou o cabloco, as fanfarras e repercutiu as vozes que não mais se calam, tornando um dia da Independência, de fato, um desfile cívico com o 'Salve, Salve' pertinente à ocasião e com direito a tudo que os baianos sentiram vontade de expressar. "Viva o 2 de Julho".

O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Marcelo Nilo e o deputado federal, Antônio Imbassahy (PSDB) andaram se estranhando em 2013. As alfinetadas entre os deputados federal, Antonio Imbassahy (PSDB), e estadual, Marcelo Nilo (PDT), ultrapassam o campo político e já partem para o pessoal. Em reposta a mais uma acusação do pedetista, após chama-lo de “traidor”, o tucano desta vez diz que somente compreende o destempero do deputado Marcelo Nilo (PDT) como sendo fruto de uma mente desequilibrada e intelectualmente incapaz de participar de um debate em alto nível.

Segundo o parlamentar, desde que Nilo decidiu deixar o PSDB, contando com a compreensão e franca liberação por parte da diretoria do partido, ele tem reiteradas vezes usado da leviandade e mentiras para atacar Imbassahy. "Não posso interpretar de outra maneira a forma grosseira, gratuita e rasteira com ele me agride, enquanto solenemente o ignoro. Deve ser mesmo, como disse anteriormente, uma obsessão, ideia fixa. Ele deveria procurar um psiquiatra, um terapeuta, um centro espírita ou qualquer outra forma de ajuda para se curar desse problema e me deixar em paz. Enquanto ele me ataca e agride grosseiramente, usando, inclusive, nomes de terceiros, que estou certo, não o autorizaram a tal, vou desempenhando o meu trabalho de forma a atender verdadeiramente aos interesses da população, como na defesa do voto aberto, debate ao qual ele foge, apesar de presidir a Assembleia Legislativa, função na qual, parece, deseja se perpetuar", devolveu Imbassahy.

A briga entre o vereador Alfredo Mangueira (PMDB) e o vice-líder do governo na Câmara de Salvador, Léo Prates (DEM), não ficou apenas no campo das palavras. Informações de fontes ligadas ao Bocão News dão conta de que o peemdebista, que anunciou na tarde do dia 11 de dezembro sua saída da base do governo, teria batido no democratas dentro da sala da maioria, na presença de outros vereadores. O Bocão News ouviu algumas fontes e todas confirmaram que Mangueira partiu para cima de Léo, dizendo que não aceitava ser tratado como moleque. O pomo da discórdia que tirou o clima de ‘paz e amor’ na sessão, quando foram votados vários projetos de autoria dos parlamentares e o Sistema Municipal de Cultura , teria sido a não inclusão de um projeto de utilidade pública do peemdebista, que fugia do tema da sessão instituída como o ‘dia da cultura’.

A revolta de Mangueira se deu quando ele viu entre os projetos a serem apreciados na ordem do dia dois de utilidade pública – um de Geraldo Junior (Solidariedade) e o outro de Tiago Correa (PTN).

“Utilidade pública não é cultura”, esbravejou o pemedebista, dizendo aos gritos que o vice-líder não tinha palavra. Em seguida, Mangueira anunciou que deixava a base governista. “A partir de hoje, me declaro independente. Não faço mais parte da bancada do governo. É a segunda vez que o governo faz isso: enfia a pauta goela abaixo. Não aceito mais orientação do vice-líder. A partir de hoje, o PMDB não faz mais parte do governo".

Publicada no dia 31 de dezembro de 2013, às 06h27