Política

Peemedebistas discutem crise com Dilma no Bonfim

Imagem Peemedebistas discutem crise com Dilma no Bonfim
Enquanto divergem sobre se partido deixa base, concordam com “desvalorização”  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 17/01/2014, às 06h49   Lucas Esteves (Twitter: @lucasesteves)


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O PMDB baiano participou em massa da Lavagem do Bonfim nesta quinta-feira (16) e alguns de seus integrantes foram convidados pelo Bocão News a debater a mais recente crise que o partido enfrente em nível nacional. Nos bastidores, a legenda ameaça Dilma Rousseff a deixar a base e não participar do projeto de reeleição.
O ex-ministro da integração nacional, Geddel Vieira Lima, o deputado federal Colbert Martins e o ex-secretário nacional do Ministério do Turismo, Fabio Motta, concordam que há crise e expõem diferentes pontos de vista sobre o fato. Enquanto convergem na avaliação de que o partido cobra de Dilma um maior “respeito”, divergem sobre a possibilidade do PMDB deixar a base.
Mais moderado, Martins acredita que as rusgas serão contornadas a tempo de se manter a aliança nacional com Michel Temer vice-presidente e possivelmente candidato a renovar seu mandato. Para ele, “a tendência é o PMDB ter reconhecido o seu tamanho”.
“O tamanho do PMDB é um tamanho igual ao do PT no governo. Não dá para o PT ter tudo no governo e o PMDB, que deu a sustentação política ao governo Lula – que é o fiador do governo Dilma -, ser tratado da forma que está”, apelou. Segundo o deputado, se Dilma avaliar que a melhor forma de agradar os peemedebistas seria lhes dar ministérios, que corte na carne do PT e distribua as pastas.
Fábio Mota destrincha o pensamento ao afirmar que Dilma cede, sim, ministérios ao PMDB mas que estes são apenas os de pouca expressão. “O Ministério do Turismo e o de Agricultura e a secretaria de Aviação Civil são os menores orçamentos da Esplanada. Então,s e você for analisar, o PMDB, como maior partido do Brasil, por ter os presidentes do Senado e da Câmara, não tem a valorização devida de partido como é”.
Apesar disto, Mota admite que há muita sanha dentro do partido em relação a cargos e apela para que os correligionários encerrem o desejo pela ocupação de cargos e se dediquem mais aos legados que o Brasil precisa e um projeto de nação. Para ele, o melhor caminho para alcançar isto seria o lançamento de uma candidatura própria, com Michel Temer como postulante ao Planalto. Outras opções seriam os senadores Roberto Requião e Pedro Simon.
Já Geddel vieira Lima não debate muitas conjunturas e promete novidades e “vida dura” na convenção do partido no final do mês de junho. Para ele, o partido tem grandes chances de deixar a base e os movimentos que acontecerão ao longo do semestre serão decisivos para a escolha que será feita às vésperas do período eleitoral. “A convenção de junho vai ser uma disputa difícil e é possível, sim, que o partido não renove a aliança.”

Nota originalmente postada às 16h do dia 16

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