Política

Dilma quer ação mais efetiva no Nordeste

Publicado em 21/02/2011, às 14h47   Redação Bocão News


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A presidente Dilma Rousseff, que chegou em Barra dos Coqueiros, em Sergipe, onde acontece nesta segunda-feira (21) a 12ª edição do Fórum dos Governadores do Nordeste, no final da manhã, disse que a região é o grande desafio da sua gestão, ressaltando ainda que a redução das desigualdades regionais depende de uma ação mais efetiva no Nordeste do que em outras regiões.

Durante o discurso de bertura do evento, a presidente anunciou a criação do Ministério das Micro e Pequenas Empresas como forma de estimular investimentos e apoio aos pequenos empreendedores.

Esse é o primeiro encontro oficial da presidente Dilma Rousseff com os governadores do Nordeste, que já haviam se reunido mais cedo, para discutir a pauta de reivindicações dos estados, entre elas, opedido paraqueo corte de R$ 50 bilhões no orçamento da União não afete os investimentos no nordeste.

De acordo com o seu pronunciamento, Dilma considerou impossível cumprir a meta de erradicação da miséria estabelecida pelo atual governo sem erradicar a miséria no Nordeste. “Só conseguiremos reduzir a desigualdade regional se fizermos aqui um pouco mais do que fazermos no resto do Brasil porque aqui há uma trajetória de desigualdade que vem da oligarquia, da escravidão. Temos que fazer aqui um esforço imenso. Por isso, eu tenho um compromisso, eu diria, de alma, com esta região”, afirmou, acrescentando que “a pobreza tem uma certidão de nascimento que privilegia, infelizmente, esta região do país”.

Os gestores pretendem pedir a petista mais investimentos federais nas áreas de saúde e de infraestrutura, além de um tratamento "diferenciado" à região.

Além de defenderam políticas públicas na área da saúde sejam colocadas em pauta pelo governo antes mesmo das reformas política e fiscal, alguns dos governadores, como Jaques Wagner (PT), da Bahia, e Cid Gomes (PSB), do Ceará, mostram-se simpáticos à criação de um novo tributo para a área.

A criação de uma nova “CPMF” para financiar a saúde e a aprovação da Emenda 29, que prevê um percentual mínimo de repasses da União para a mesma área, também foram defendidas pelos governadores.

Os governadores da Paraíba, Ricardo Coutinho, do Piauí, Wilson Martins, da Bahia, Jaques Wagner e de Alagoas, Teotônio Vilela, também manifestaram a intenção de discutir com Dilma a recriação de um novo imposto para a saúde.

Já os governadores de Sergipe, Marcelo Déda, de Pernambuco, Eduardo Campos e do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarliani, consideram mais urgente aprovar a Emenda 29. Eles reclamam que a União reduziu os repasses para a saúde.

 O encontro com Dilma com os governadores acontecerá a portas fechadas, mas no final da tarde será divulgada uma carta com os compromissos firmados entre União e Estados.

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