Política

Rui Costa reúne “tropa de choque” para lançar modelo de programa

Imagem Rui Costa reúne “tropa de choque” para lançar modelo de programa
Pré-candidato do PT trouxe dirigentes, autoridades e militantes para debater governo  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 29/01/2014, às 11h53   Lucas Esteves (Twitter: @lucasesteves)


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Em uma demonstração de força e unidade, o pré-candidato do PT ao Governo do Estado, Rui Costa, reuniu uma verdadeira tropa de choque política na noite desta terça-feira (28) no hotel Fiesta, no Itaigara. A intenção foi mostrar o poder de fogo da aliança do governo para lançar o processo de debates internos que culminará na criação do plano de governo da chapa para o pleito de outubro.
No grupo, representantes graúdos de todos os partidos da base, a exemplo de Everaldo Anunciação (PT), Otto Alencar (PSD), Félix Mendonça Jr. (PDT), Mário Negromonte (PP), Marcos Medrado (SDD), Antônio Brito (PTB). Outros pré-candidatos derrotados, a exemplo de Walter Pinheiro, José Sérgio Gabrielli e Luiz Caetano, também estiveram presentes e compondo a mesa. 
Sem contar a grande quantidade de secretários estaduais, vereadores – de Salvador e outros municípios -, deputados e diversos apoiadores políticos lotados em cargos em diversos órgãos estaduais. E, por fim, o grande comparecimento da militância de diversas legendas. Ao final, o espaço reservado ao evento no hotel não foi suficiente e o público extrapolou as portas do salão.
Com o evento, a base volta a dar uma amostra da unidade do grupo e traz de volta a atenção, que recentemente vem sendo dada à oposição por conta da misteriosa articulação para a construção da chapa, que conta apenas com João Gualberto (PSDB) como nome definido para a vice. Além disto, mostra que não pretende ceder terreno ao discuso opositor, calcado nas falhas do governo e no que faltou ser feito em oito anos de gestão Wagner.
Inovação - A ideia central do encontro foi exaltada por todos os que discursaram no evento. De acordo com os líderes da base, a reunião é para dar início a um processo considerado inédito em eleições na Bahia: debater junto com partidos, lideranças e a população em geral um programa de governo e somente depois apresentá-lo. O costume político sempre foi o de montar o programa e, a partir de então, convencer o eleitor de que este se tratava do melhor para as populações de todo o estado.
Segundo o senador Pinheiro, a ideia, além de ter o conhecimento claro das demandas de cada região e eseus problemas específicos, também é envolver a militância e a população em um sentimento de coletividade em prol da mudança. Desta maneira, até mesmo as coligações proporcionais podem se aproveitar do processo, que tem sentimento de unidade em torno da proposta.
“A nossa real missão é fazer as pessoas se sentirem envolvidas por isso. Temos que fazer uma jornada que guarde grande sintonia com a realização de mudança e envolver o povo nisso, além dos partidos, as lideranças e os militantes. Temos de ter a capacidade de enxergar cada canto, cada desejo, e, a partir daí, coordenados pelos nossos timoneiros, realizarmos um bom programa. É isto o que chamo de 'salto qualitativo'”, avaliou.
As manifestações do ano passado também foram tema permanente no encontro e, enquanto outros exaltavam os anseios de mudança, Mário Negromonte destoou e disse que o processo aliado de debate de programa tem também a missão de arrefecer futuros movimentos porque se adiantará em relação a eles. 
“Existem, nesses movimentos, três setores: um é o dos baderneiros, que têm que ser punidos. O outro é de oportunistas políticos. E o terceiro é o dos que querem mudanças significativas. E é por esse que vamos atrás, para antecipar propostas e assim vamos acertar os verdadeiros anseios populares. Vamos fazer um verdadeiro debate olho no olho”.
Planificação – O PT estruturou o processo de formação do programa de governo com reuniões paralelas sobre diversos aspectos da governabilidade e reivindicações populares, a exemplo de saúde, educação, segurança e economia. Reuniões semanais acontecerão em todos os territórios para recolher sugestões e, em 14 regionais eleitas pelo território, acontecerão dois seminários abertos entre os meses de março e junho. O primeiro para introduzir a ideia e o último para recolher as sugestões.
Após o recolhimento, a liderança reunirá as principais e mais coincidentes solicitações e dividi-las nos aspectos prioritários e temáticos do programa. Desta maneira, o desejo dos aliados é ter um plano de governo afinado com os verdadeiros desejos da população. Segundo Rui Costa, os partidos terão autonomia para conduzir debates e apresentar também sugestões, mas a participação do povo é a mais fundamental no processo.
“Vamos criar grupos temáticos sem esse perfil/corte partidário. Até porque nós estamos – e eu mesmo, pessoalmente- convidando algumas pessoas, professores universitários, mestres, doutores, que não têm filiação partidária alguma. Nós queremos outros olhares que não seja apenas os de quem está no governo. Queremos olhares inclusive de quem não está no governo, para que possam nos apontar novos saltos e desafios que temos que vencer”, explicou.

Postada às 21h53 do dia 28 de janeiro

Classificação Indicativa: Livre

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