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8 de Janeiro: Deputada bolsonarista organizou viagem para atos golpistas, diz detida

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Detida afirmou que viajou em caravana bancada por deputada bolsonarista  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Redes Sociais

Publicado em 16/03/2023, às 10h51   Cadastrado por Vinícius Dias



Uma das pessoas presas pela Polícia Federal acusada de participação nos atos golpistas do dia 8 de janeiro, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram os prédios dos Três Poderes (Congresso, Planalto e STF) deixando rastro de destruição, acusa uma deputada bolsonarista de organização uma viagem para Brasília.

Segundo a acusadora, um ônibus saiu de Mato Grosso com destino a Brasília às vésperas do evento. Procurados, os três citados negaram participação no fretamento de caravanas para o dia 8 de janeiro. As informações são do Uol.

Gizela Cristina Bohrer, 60 anos, é aposentada e residente em Barra do Garças (MT). A manifestante golpista afirma que chegou à capital federal no sábado (7), um dia antes dos atos.

Ela afirma que a caravana foi organizada pela deputada federal Coronel Fernanda (PL), policial militar eleita para seu primeiro mandato na Câmara dos Deputados, e pela candidata a deputada federal Analady Carneiro da Silva (PTB), que não se elegeu, e pelo candidato a deputado estadual Rafael Yonekubo (PTB), que ficou como suplente.

"Os três coordenam grupos de WhatsApp e organizam caravanas para Brasília já há dois anos; que tais caravanas tinham por objetivo o apoio ao então Presidente Bolsonaro, tais como fizeram por ocasião dos desfiles de 7 de setembro e 15 de novembro de 2021 e 2022", contou à PF. "Todo mundo que vem nesses ônibus vem de graça e recebe todas as refeições de graça", afirmou.

Além de citar os nomes deles, Gizela apresentou em seu depoimento os números de telefones dos três, que ainda são usados por eles. Ao ser detida, a depoente teve seu celular apreendido e forneceu a senha aos investigadores, para permitir o aprofundamento das investigações.

Coronel Fernanda negou a organização do ônibus e alegou estar no Mato Grosso no dia dos ataques. "Em anos anteriores, quando tivemos aqueles primeiros movimentos, como do 7 de setembro, todos nós ajudamos, mas em 2023, não. Não tenho participação e nem sei quem é essa pessoa que está falando", afirmou ao Uol.

A PF já havia realizado busca e apreensão contra Analady Carneiro e Rafael Yonekubo em dezembro do ano passado, sob suspeita de que eles estavam incentivando a realização de atos antidemocráticos pelo país.

Questionados, Analady e Yonekubo negaram a organização de transporte para o dia 8. "Não fui nem organizei nada. Era meu casamento no dia 7 (de janeiro) e como eu já era alvo do ministro Alexandre de Moraes, eu não mexi com mais nada", afirmou Yonekubo. Analady disse que havia viajado para Brasília em dezembro, mas que não participou das organizações para o 8 de janeiro. "Ela se confundiu", disse.

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