Mauro Ricardo faltou com respeito aos negros da Bahia, critica Elias Sampaio
Gestor da Sepromi ainda manda recado para o gestor de Neto |
Publicado em 23/02/2014, às 09h20 Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)
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As declarações do secretário de Neto, Mauro Ricardo, tem repercutido negativamente entre políticos e entidades baianas. Em entrevista ao programa Se Liga Bocão, na última quinta-feira (20), o gestor da Fazenda, ao defender a cobrança do IPTU, disse: “antigamente se botava as pessoas no Pelourinho para poder pagar as suas dívidas. Infelizmente hoje não é mais assim. Hoje é a Justiça. É a Justiça quem define e o prazo é o prazo estabelecido pela Justiça".
O secretário foi fortemente criticado pelo deputado federal Luiz Alberto, o estadual Marcelino Galo e pela Comissão de Direitos Humanos e de Promoção da Igualdade Social da OAB Bahia. O secretário de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), Elias Sampaio, também se posicionou e contestou o depoimento. Sampaio disse que as declarações foram uma “ofensa séria à população negra”.
“O pronunciamento do secretário Mauro Ricardo foi extremamente infeliz. É uma fala profundamente racista, que falta com o respeito a todos os negros da Bahia, principalmente ao movimento negro de Salvador, que hoje conseguiu transformar o bairro do Pelourinho em um lugar de resistência, cultura e afirmação, querendo exatamente apagar de nossa história a lembrança de um Pelourinho que era utilizado de forma violenta para punir todos aqueles que lutaram contra o regime escravagista”.
O gestor estadual ainda mandou um recado ao municipal. “Há poucos dias do carnaval que se comemora os 40 anos dos blocos afro, o secretário Mauro Ricardo deveria refletir sobre a gravidade de sua fala e a desastrosa comparação que fez."
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As declarações do secretário de Neto, Mauro Ricardo, tem repercutido negativamente entre políticos e entidades baianas. Em entrevista ao programa Se Liga Bocão, na última quinta-feira (20), o gestor da Fazenda, ao defender a cobrança do IPTU, disse: “antigamente se botava as pessoas no Pelourinho para poder pagar as suas dívidas. Infelizmente hoje não é mais assim. Hoje é a Justiça. É a Justiça quem define e o prazo é o prazo estabelecido pela Justiça".
