Política

Casos de racismo foram tema de discurso na Câmara de Deputados

Imagem Casos de racismo foram tema de discurso na Câmara de Deputados
Deputado cobra do governo campanha contra o racismo e a homofobia durante a Copa  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 13/03/2014, às 23h58   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



Faltam poucos meses para a Copa do Mundo e apesar da contagiante alegria que o evento causa à população, um fantasma assombra a festa: o racismo no futebol. O tema foi assunto no plenário da Câmara dos Deputados na última terça-feira (11). O deputado federal, Valmir Assunção (PT), cobrou do próprio governo petista uma ampla campanha contra os atos durante o período da Copa do Mundo no país.

“Nós não podemos tolerar, de forma nenhuma, o racismo. Se há racismo no futebol, isso significa que a sociedade brasileira também é racista, e isso nós não podemos aceitar. Estou enviando uma sugestão ao Planalto para que possamos fazer uma grande campanha contra o racismo no esporte”, sinaliza o petista.

O parlamentar lembrou de alguns casos como o das bananas colocadas no carro do árbitro Márcio Chagas, no Rio Grande do Sul. Ou os gritos de macaco proferidos contra o volante santista Arouca, em São Paulo. Ou o caso de Tinga, do Cruzeiro, que ouviu sons vindos das arquibancadas do estádio IV Centenário que imitavam macacos toda vez que ele tocava na bola durante a partida contra o Real Garcilaso, em Huancayo, pela Libertadores - caso, inclusive, ainda não julgado pela Conmebol. Assunção, que ainda lembra que Neymar, o craque brasileiro, também sofreu com racismo em um amistoso contra a Escócia, em março de 2011.

Assunção cobra uma campanha com vídeo, propaganda em TV, folders, com tudo que a publicidade puder oferecer como política educativa e formativa contra o racismo e também contra atos homofóbicos. “Mesmo que o crime de homofobia ainda não esteja previsto no Código Penal, não podemos tolerar que declarações homofóbicas sejam naturalizadas nos campos de futebol, nas quadras esportivas. Nossos atletas não podem ser calados, por terem medo de retaliações. Isso não é um problema para se acostumar. É preciso enfrentamento organizado por política pública e punição exemplar contra toda e qualquer situação racista em nossa sociedade”, pontua.



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