Governo quer mais US$ 400 milhões ao Bird. Oposição promete atrasar
Publicado em 06/05/2014, às 14h28 Luiz Fernando Lima (twitter @limaluizf)
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A sessão plenária desta terça-feira (6) na Assembleia Legislativa da Bahia deve ser longa com as votações de dois projetos que reajustam os salários dos funcionários públicos do Ministério Público e do Judiciário baiano, além de urgência para apreciação de um pedido de empréstimo no valo de US$ 400 milhões ao Banco Interamericano para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird).
O montante será investido no programa pró-inclusão II, conforme revelou o líder da bancada governista. Do outro lado, o líder do DEM na Casa, Carlos Gaban não vai facilitar as coisas para o governo. O demista argumenta que este será o segundo empréstimo nestes moldes requerido pela gestão de Wagner. Afirma ainda que o mais alarmante é a falta de comprometimento na aplicação.
De acordo com Gaban , no Pró-inclusão I, aprovado em 2012, foram solicitados US$ 700 milhões ao Bird. Convertidos em reais foram “sacados” em duas oportunidades: a primeira ainda em 2012 quando o governo teve em mãos R$ 716 milhões, em 2013 teve R$ 822 milhões. Destes, critica o demista, apenas R$ 72 milhões foram utilizados em investimentos.
“Este é um governo incompetente e inconsequente. Aplicou apenas 4.7% em investimentos em dois anos. Agora, quer pegar mais recursos que convertidos podem chegar a R$ 1 bilhão. Por isso, vamos obstruir o pedido de urgência e o projeto quando vir a plenário’.
Comissões
O deputado abriu um adendo para desabafar sobre a situação das comissões na Casa. Há muito Gaban reivindica que o governo envie os projetos para o Legislativo com antecedência para que possa ser discutido nas comissões e aperfeiçoado em sinal de respeito com o parlamento.
No entanto, nesta terça-feira (6), ele reconheceu que os próprios pares não contribuem para que haja legitimidade na cobrança. No desabafo, Gabana firmou que na reunião da Comissão de Finanças de hoje havia a assinatura de dez deputados, mas ele que teve que abrir a sessão por não haver nenhum outro na sala da comissão.
O esvaziamento, segundo o representante do DEM, é comum e poucas são as comissões que funcionam de fato. “Isso compromete muito a atividade. Desse jeito pode fechar estas comissões e para de pagar assessor que não tem função já que não tem reunião”.
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