Política

“Pior que marginal”, dispara Bolsonaro sobre tratamento dado ao vereador Prisco

Câmara dos Deputados
Em entrevista ao Se Liga Bocão, direto de Brasília, deputado mostrou ser o ‘rei’ das polêmicas no cenário político brasileiro  |   Bnews - Divulgação Câmara dos Deputados

Publicado em 16/05/2014, às 14h11   Djalma Júnior (Twitter: @djalma88)



Jair Messias Bolsonaro, ou apenas Bolsonaro. Deputado Federal pelo Partido Progressista (PP) no Rio de Janeiro, militar e além de tudo o ‘rei’ das polêmicas políticas sobre assuntos que envolvem os homossexuais, casamento entre pessoas do mesmo sexo, manifestações no Brasil contra a Copa do Mundo e a busca por melhorias na classe das Forças Armadas do país. Mas, para o parlamentar, talvez tudo isso ainda seja pouco.

Em entrevista exclusiva ao Se Liga Bocão, na noite desta quinta-feira (15), direto de Brasília, o deputado Jair Bolsonaro destacou a última greve da Polícia Militar da Bahia e o seu líder, vereador Marco Prisco (PSDB) que permanece preso na capital federal. Para o pepista, apesar da Constituição Federal proibir o ato, não se pode ignorar a “triste” situação dos profissionais e defendeu o edil baiano. “Tentei visitá-lo, mas infelizmente não tive permissão. Sei que ele [Prisco] não é bandido e está sendo tratado pior que um marginal”, defendeu.  



Bolsonaro ainda falou aos ouvintes da Itapoan FM, que no ano de 2013 foi apresentado no Diário Oficial da União a evasão de 240 capitães e tenentes das Forças Armadas. “Não existe uma valorização real do Governo Federal para proteção destes profissionais, ainda mais por ser um trabalho de alto risco”, ressaltou.

Legalização da Maconha e Movimento Gay

Bolsonaro que se declara, constantemente, contra o movimento gay disparou contra a classe e algumas atitudes que, para ele, são apenas para manter uma “boa” imagem na mídia. Entre estes, ele classifica o maior rival, seu colega e deputado Jean Wyllys (Psol). Bolsonaro que diz ter uma boa convivência com o socialista afirma não ter nada contra ele e sim contra suas propostas, como exemplo a legalização da maconha. “Nunca vi um médico à frente de uma mãe em que seu filho usa este tipo de droga que tenha implorado a sua utilização”, reforçou.

Um dos assuntos que ainda geram polêmicas em torno da classe gay é a distribuição de um kit que contêm vídeos com informações sobre o universo de jovens gays. Para ele, isto fere a realidade da família e afirma que a bancada evangélica foi uma grande força para que a presidente Dilma Rousseff (PT), decidisse, mesmo que provisioramente, sobre o recolhimento do material.

 “Os gays podem me chamar de torturador, nazista e o que mais quiserem, mas grande parte dos homossexuais está do meu lado. Quem quer estar mídia são os ditos militantes”, Bolsonaro deixou esta afirmação alfinetando também o atual presidente do Grupo Gay da Bahia, Luiz Mott, que para ele “suas palavras não possuem nenhum valor”.   

Manifestações no Brasil

Quando o assunto foi relacionado às manifestações pelo Brasil contra a Copa do Mundo, Bolsonaro afirmou que não adianta mais tais ações, pois já foi gasto uma “fortuna” só na preparação do maior evento esportivo mundial. “Agora precisamos realizar a Copa. Quem tinha que desviar suas verbas já desviou”, disparou o deputado afirmando que “agora vamos deixar os olhos do mundo em nós. Não adianta mais esse quebra-quebra prometido”.

Comissão de Direitos Humanos e Minorias

Sobre a quase ida à Presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal, quando foi derrotado pelo então deputado Assis do Couto (PT), Bolsonaro detalha que não mudaria suas declarações de que “estupradores e outros criminosos mereciam pena de morte”. Para o polêmico parlamentar o presídio para estas pessoas seria apenas com o colônia de férias. “Não tenho pena de estuprador, tenho pena sim da mãe de família que sofre com a situação”, disse. Jair Bolsonaro ainda afirmou que todo o investimento feito pelo governo federal para “ajudar” aos usuários de droga são em vão.  “Não gastaria dinheiro, se estivesse à frente do governo, com estas pessoas. Usaria sim com um jovem que busca uma vida decente, um emprego e melhorias de vida”, concluiu. 

Nota originalmente postada às 20h do dia 15


Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp