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Empresários também querem discutir destino de terrenos que serão alienados

Imagem Empresários também querem discutir destino de terrenos que serão alienados
Eles defendem um estudo de interesses para cada região de Salvador  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 22/05/2014, às 21h01   Juliana Nobre (Twitter: @julianafrnobre)




O processo de alienação de terrenos da prefeitura de Salvador gera dúvidas em relação ao destino dos imóveis. Enquanto a gestão de ACM Neto (DEM) quer leiloar terrenos para instalação de creches, escolas e hospitais, como garantia de parcerias público-privada (PPP´s), alguns moradores alegam que as áreas são privadas e, portanto não podem ser vendidas sem desapropriação. Outros defendem um estudo que respeite a função urbana.

O presidente do Conselho de Administração da Associação Empresarial Tancredo Neves, Luiz Valter Coelho Filho, defende que seja realizado um estudo para cada região onde se tem terrenos a serem alienados. De acordo com ele, ao leiloar um terreno, a empresa deve se comprometer a respeitar a função urbana. Ou seja, para cada localidade é preciso analisar a construção de um equipamento público adequado para cada necessidade.

“É preciso que as áreas que foram incorporadas ao município em decorrência de loteamentos com uma finalidade seja avaliado adequadamente se essas finalidades são necessárias no loteamento. No nosso caso é preciso que a função urbana prevaleça sobre o interesse financeiro. Avaliar equipamentos públicos necessários, como a instalação de praças , necessidade de estacionamentos, de equipamentos de segurança, que sirvam a comunidade com um todo”, explica.

O que Viana defende é que não seja construídas escolas, creches ou hospitais na região, já que a necessidade é outra. “Mas em outras áreas sim. Senão você cria um adensamento. Defendo um estudo vinculado com a necessidade de cada região para que você respeite a função urbana”, reforçou.

Terrenos podem ser privados

Na audiência pública realizada nesta quinta-feira (22), o secretário da Fazenda Mauro Ricardo, explicou, mais uma vez, o projeto. Em meio à polêmica, a moradora Eli Barreto afirmou que a região da Avenida Garibaldi, Ondina até a Barra é pertencente à família Barreto Fontes, por herança, e até então não foram ressarcidos pela prefeitura.

“Temos documentos que comprovam que a área é da nossa família, espólio de Albano Vieira Fontes. A Sucom libera alvará para a construção de shoppings, igrejas, prédios e até hoje não recebemos um centavo. Aquela região é nossa, mas estão nos desrespeitando porque não fomos desapropriados. Procurei ACM Neto na campanha, que disse que iria resolver, mas hoje ele nem nos recebe mais”, indigna-se a moradora. Segundo a familiar, o processo corre na Justiça.

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