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Negromonte diz que não vai se pronunciar, ainda, sobre denúncias da Veja

Imagem Negromonte diz que não vai se pronunciar, ainda, sobre denúncias da Veja
Deputado diz que indicação depende da decisão dos deputados  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 27/05/2014, às 10h36   Luiz Fernando Lima e David Mendes



O deputado federal Mário Negromonte (PP) afirmou, nesta segunda-feira (26), que não comentará as denúncias feitas pela revista Veja, publicadas na edição deste domingo (25).

Na reportagem que chegou às bancas de todo o país, sob o título “Os nobres clientes do doleiro”, a semanal traz nomes de pessoas que costumavam visitar o escritório de Alberto Yousseff, preso na Operação Lava Jato”, da Polícia Federal, acusado de comandar um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que movimentou cerca de R$ 10 bilhões.

Entre os nomes citados pela publicação, aparecem os deputados federais baianos Luiz Ârgolo (SDD) e Mario Negromonte (PP) que, segundo a Veja, mantinham relações diretas com doleiro e também não costumavam usar os seus nomes públicos ao registrar visitas ao prédio apontado como o QG de Yousseff, localizado em área nobre de São Paulo.

“Você já foi em algum prédio? O que se faz? Dá a identidade e a pessoa 
[atendente] coloca lá o nome que quer. Nome grande demais [Mario Silvio Mendes Negromonte], certamente não coube lá [no programa de computador]. E neste prédio trabalha muita gente, por isso que não vou me pronunciar agora”, explicou, em entrevista ao Bocao News, durante encontro dos deputados estaduais governistas com Wagner, na Fundação Luis Eduardo Magalhães, no CAB, na noite desta segunda.

Questionado se poderia ser prejudicado, por conta das denúncias, na indicação feita pelo governador Jaques Wagner (PT) para assumir a vaga do ex-presidente do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) Paulo Maracajá, Negromonte diz que a votação depende da decisão dos parlamentares baianos.


“Eu não posso ser pré-julgado, condenado, preso e morto pela revista [Veja]. Não tem denúncia, não tem processo. O juiz [federal] do caso, o Sérgio Moro, encaminhou os processos de quem tinha problemas relevantes e mandou para o Supremo [Tribunal Federal]. Foram três parlamentares. O meu estava no meio? Não!”, defendeu-se.

Nesta segunda, a bancada de oposição jogou a responsabilidade da indicação à Corte de contas no colo do governador. Na terça, a Comissão de Constituição e Justiça da Casa (CCJ) faz sabatina com os postulantes às duas vagas do TCE e uma do TCM. Se a CCJ referendar, os nomes seguem para votação em plenário na quarta (28).

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