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E agora? Candidatos da chapa de Souto poderão reeleger Medrado e Argôlo

Imagem E agora? Candidatos da chapa de Souto poderão reeleger Medrado e Argôlo
Oposicionistas poderão garantir permanência dos deputados do Solidariedade na Câmara  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 07/06/2014, às 09h38   David Mendes (Twitter:@__davidmendes)




Marcos Medrado (E) e Luiz Argôlo (D) subirão no palanque de Rui Costa; Arthur Maia (C) no de Paulo Souto


O Solidariedade vai coligar na Bahia com a chapa majoritária encabeçada pelo pré-candidato ao governo do Estado pelo DEM, Paulo Souto. A união com a principal chapa oposicionista à administração petista já foi sacramentada pelo presidente nacional da legenda, deputado Paulinho da Força. Com isso, a campanha de Souto aumenta quase 40 segundos o tempo de propaganda partidária na TV.

O dirigente estadual da sigla, deputado Marcos Medrado, já tinha revelado ao Bocão News que seguiria a determinação da executiva nacional, independente de qual fosse, mas manteria o apoio declarado no início do ano à candidatura do postulante petista Rui Costa, decisão que já foi, inclusive, liberada por Paulinho da Força, conforme afirmou em entrevista nesta sexta ao próprio Medrado, na rádio Nova Salvador.

Mas, o problema é que, mesmo com a liberação da executiva nacional, Medrado e o deputado Luiz Argôlo 
– caso se arrisque a tentar continuar com o mandato após a enxurrada de denúncias que o ligam ao doleiro Alberto Youssef – integrarão a coligação que o Solidariedade fará na proporcional para a eleição de deputado estadual e federal. A união pode ser com o DEM, PSDB e PMDB, principais partidos que formam o grupo contrário ao governo Wagner, ou em uma possível formação de chapão com outros partidos que caminharão com Souto, entre eles PV e a Frente Partidária Jorge Aleluia que conta com o PRP, PTdoB, PSDC, PTC, PMN, PEN, PPL e PPS. O Solidariedade poderá ainda coligar apenas na majoritária e buscar atingir, solitário, o quociente eleitoral – número de votos válidos apurados pelo de vagas a preencher no Legislativo.


Medrado e Argôlo terão que aparecer nas propagandas televisivas da chapa de Paulo Souto

Conforme legislação, nas eleições proporcionais, os votos são divididos pelo partido ou coligação. Se um partido ou coligação não alcançar o número mínimo de votos  quociente eleitoral , o candidato, por mais votos que obtenha nas urnas, não será eleito. Mas um postulante poderá ser eleito com ajuda do partido ou de uma coligação que alcance o quociente.

O deputado federal Arthur Maia, líder do movimento na Bahia que tirou das mãos do PT o apoio do SDD a Rui Costa, já informou que a legenda vai integrar o chapão. “Neste momento a única coisa que posso garantir é que o partido vai coligar na proporcional”, disse em entrevista à reportagem. Medrado foi procurado, mas não foi localizado.




Argôlo e Medrado estarão ao lado de Rui, mas contarão com votos da Oposição para tentar se reeleger


Eleições 2010

Nas eleições de 2010, Medrado disputou a cadeira na Câmara pelo PDT e teve pouco mais de 68 mil votos. A cadeira foi garantida porque os pedetistas baianos uniram-se à chapa proporcional que contou com PT, PP, PRB, PHS, PSB e PCdoB. No total, o grupo obteve 3,5 milhões de votos e garantiu 20 vagas no Congresso. Argôlo era do PP e também foi beneficiado pela chapa proporcional, que garantiu ainda a reeleição do governador Wagner (PT). O parlamentar obteve 68 mil sufrágios. Arthur Maia, que era do PMDB em 2010, teve 74 mil votos, o mais votado entre os três deputados que deixaram os respectivos partidos e se filiaram ao Solidariedade, fundado em novembro do ano passado. O PMDB juntou-se com mais quatro partidos em 2010  PTB, PSC, PR, PRTB –  e obteve 1,3 milhão na proporcional, o que garantiu sete cadeiras na Câmara. O cabeça da chapa era o então candidato Geddel Vieira Lima (PDMB).

Publicada no dia 6 de junho de 2014, às 18h13

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