Política

PP atravessa fase ruim e mais um é envolvido em escândalo

Imagem PP atravessa fase ruim e mais um é envolvido em escândalo
Publicação aponta políticos acusados de crimes pela Polícia Federal  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 09/06/2014, às 09h08   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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O Partido Progressista (PP) tem passado por uma fase ruim e alguns dos seus integrantes são acusados de envolvidos em crimes de corrupção, lavagem de dinheiro entre outros. Um deles é o ex-ministro da Cidades e atual conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM), Mário Negromonte. Ainda na lista está o deputado federal Luiz Argôlo – ex-pepista que trocou pelo Solidariedade.

A Revista Veja listou suspeitos dos crimes. Na última segunda-feira (2), o ex-vice-governador do Distrito federal, Paulo Octávio, passou do noticiário político para o policial. Ele é um dos mais notórios empresários do ramo imobiliário de Brasília e foi preso. Paulo Octávio é investigado por integrar uma organização criminosa que corrompia servidores públicos em troca da liberação de alvarás de construções em áreas irregulares. Réu no chamado mensalão do DEM, filiou-se recentemente ao PP.

O mais recente escândalo envolve o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, executivo que chegou à diretoria da maior estatal brasileira por indicação do partido. As investigações da Polícia Federal revelaram que Costa e o doleiro Alberto Youssef, pivô do esquema, mantinham uma estreita relação com diversos políticos e partidos: os deputados federais Nelson Meurer (PR), João Pizzolatti (SC), Aline Corrêa (SP) – filha do ex-presidente da legenda Pedro Corrêa, preso no processo do Mensalão, além de Negromonte o ex-pepista, Luiz Argôlo.

Figura conhecida em São Paulo, o ex-prefeito da capital paulista Paulo Maluf integra a lista de procurados pela Interpol. Maluf é investigado por desvio de recursos na construção de obras públicas e envio de remessas para contas bancárias no exterior. O ex-prefeito foi condenado pela Justiça no ano passado e perdeu seus direitos políticos por cinco anos.

Com 40 deputados na Câmara, o PP é tratado como prioridade no projeto de reeleição da presidente Dilma Rousseff. A agremiação possui o quinto maior tempo na propaganda eleitoral de rádio e televisão – estima-se que tenha direito a um minuto e vinte segundos no pleito deste ano.

Para assegurar o apoio do PP, o governo federal firmou o compromisso de manter o Ministério das Cidades, um dos maiores orçamentos da Esplanada, sob o comando da sigla. Essa opção, entretanto, já custou caro ao Palácio do Planalto: em 2012, o então ministro, Mário Negromonte foi demitido após ser acusado de pagar mesada de R$ 30 mil a deputados do PP. Seus auxiliares também deixaram a pasta.

O deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), uma das lideranças na Câmara, rebate: “O partido tem doutrina e é partido antigo. O problema é que os métodos mudaram. E esses métodos aparecem do governo Lula para frente, com troca de favores em prol de cargos no governo. Esse método contaminou todos os partidos e só vai mudar depois que houver uma reforma política”.

Publicada no dia 8 de junho de 2014, às 19h20

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