Tanto a boca de urna e quanto a compra de votos são proibidas nas eleições, mas não é incomum se deparar com pessoas, indevidamente fardadas, distribuindo panfletos nas portas dos colégios eleitorais, bem como, as denúncias de compra de votos. Esta segunda modalidade de crime eleitoral pode estar com os dias contados, ao menos, uma das formas de praticá-lo.
Isto porque, um projeto de Lei do deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP) proíbe a contratação de cabos eleitorais. Segundo o parlamentar, as eleições viraram um negócio, e o voto, um produto a ser comercializado. Para gerenciar esse negócio, afirma Madeira, foi criada a figura do cabo eleitoral, que recebe de acordo com o número de votos angariados. “Por isso, ser cabo eleitoral no Brasil virou profissão sazonal”, critica.
Para Madeira, o fim da "mercantilização do voto" assegurará a vivência de uma democracia plena. “O sistema vigente repudia a compra do voto, mas permite a sua influência pelo cabo eleitoral”, aponta o parlamentar.
O projeto vai ser avaliado pelos membros da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, caso seja aprovado, segue para o Plenário. De lá, para o Senado e se tudo correr normalmente, vai para as mãos da presidente Dilma Rousseff sancionar ou não.
