Política

Líder nacional do MST defende candidatos com bandeira da reforma agrária

Imagem Líder nacional do MST defende candidatos com bandeira da reforma agrária
Para João Paulo Rodrigues, no Brasil há dois projetos políticos em disputa  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 21/06/2014, às 14h58   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



Em visita à capital baiana, o membro da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Paulo Rodrigues, defendeu a eleição de candidatos que tenham como bandeira a reforma agrária no país e políticas públicas para a organização e estruturação de assentamentos no país.

Sobre a conjuntura política, o líder do MST falou que no país há dois projetos em disputa. O primeiro é do neoliberalismo, com apoio do capital financeiro internacional, que tem candidaturas em todos os estados. O segundo é ligado às candidaturas do campo democrático popular, em especial representada pelo governo Dilma e nos estados representadas pelo governo do PT e da base aliada.

"Vivemos num período difícil, onde há a hegemonia do agronegócio, por isso, precisamos ter uma bancada de deputados federais comprometida com essas bandeiras. O agronegócio tem 176 deputados eleitos, nós dos movimentos sociais que lutamos pela reforma temos somente oito deputados eleitos. Portanto, nós precisamos manter um coletivo”, aponta João Paulo. “Nossa preocupação é ganhar espaço na juventude. Pelo menos 20 milhões de jovens vão participar de um processo político eleitoral pela primeira vez, depois de um processo de lutas que aconteceram no ano passado, depois de uma Copa e depois de uma grande ofensiva dos meios de comunicação contra os governos de esquerda”.

Para o líder do MST manter um mandato como o dp deputado federal Valmir Assunção (PT) é importante, já que a Bahia tem a maior quantidade de famílias acampadas no país, e uma imensa quantidade de latifúndios improdutivos. “É onde travamos uma luta histórica tanto com as empresas que atua na área papeleira, do eucalipto, que disputa as terras com os indígenas e quilombolas. Agora a Bahia virou centro também do agronegócio, em especial na região oeste, aonde vem tomando terras importantes de comunidades da agricultura familiar. Portanto, é importante nós termos um campo político, uma representação política para fazer a disputa nesse espaço da luta pela terra”. 

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