Política

Arquitetos e engenheiros chamam Neto e Wagner de ‘arbitrários’

Imagem Arquitetos e engenheiros chamam Neto e Wagner de ‘arbitrários’
Profissionais denunciam ações relacionadas ao Estado e Município nos próximos anos  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 27/06/2014, às 06h08   Alessandro Isabel (Twitter: @alesandroisabel)


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Obras anunciadas durante o governo de Jaques Wagner e por ACM Neto, prefeito de Salvador, não têm agradado arquitetos e engenheiros baianos, principalmente os da capital.

Construções estruturantes consideradas de alto impacto urbano como a ponte Salvador-Itaparica, o Polo Naval de São Roque do Paraguaçu, a Estação de Regaseificação da Petrobras, Via Expressa, além da Linha Viva, e linha 2 do metrô, recebem severas críticas por parte dos profissionais que denunciam possíveis exclusões, principalmente dos conselhos que deveriam emitir parecer legal de viabilidade econômica e ambiental dos projetos já anunciados, tanto de Neto quanto de Wagner.

As instituições representativas que deveriam participar das decisões relacionadas às intervenções estruturais em áreas públicas no interior do Estado, Salvador e cidades da região metropolitanas se queixam. Eles apontam exclusões atribuídas ao governo da Bahia e prefeitura de Salvador sobre deliberações que deveriam ser colocadas em mesas de debates com a sociedade e utilizam o termo ‘arbitrários’ quando se referem as figuras públicas de Jaques Wagner e ACM Neto.

Cerca de 40 entidades da sociedade civil formam o fórum a 'Cidade Também é Nossa'. Elas se reúnem em mesa de debate na sede do CREA-BA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia), para levantar debates sobre a forma como tem sido apresentado os projetos desenvolvidos pelos governos. Projetos que influenciam de forma direta com os moradores dos locais em que as construções têm e serão edificadas.

“Estado e município desativaram todos os núcleos de planejamento e passaram a encapar os projetos carimbados oferecidos pelas empreiteiras. Mais que planos pré-fabricados precisamos de um sistema de planejamento integrado, participativo, contínuo, retroalimentado e com controle social”, denuncia um dos documentos elaborados pelo Fórum.


Em Salvador, ACM Neto recebe críticas por não colocar em prática o Conselho da Cidade do Salvador. Embora tenha instituiu em 02 de janeiro do ano passado, após 1 anos e 7 meses, o conselho ainda não saiu do papel. No decreto assinado por Neto, ele garante colocar todos os assuntos referentes a ações de políticas públicas no campo da cultura, economia, investimentos, desenho urbano, mobilidade urbana, promoção humana e oferta de serviços, para analise de “instituições representativas e cidadãos reconhecidos por sua expertise”, mas, de acordo com o fórum, o prefeito tem tomado decisões importantes para a cidade sem debater com os soteropolitanos.

Aliás, o Conselho da Cidade tem sido uma pedra no sapato de ACM Neto. Em contato com a Casa Civil, que tem a função de Secretaria Executiva do colegiado, o Bocão News foi informado que será analisada a situação do andamento do Conselho, mas até o fechamento da matéria não recebeu informações sobre quando de fato será instalado. 


Publicada no dia 26 de junho de 2014, às 13h

Classificação Indicativa: Livre

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