Política

Marcos Mendes: ‘políticos tratam a população como gado’

Imagem Marcos Mendes: ‘políticos tratam a população como gado’
Candidato ao governo do estado pelo Psol foi o entrevistado do programa Se Liga Bocão  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 11/07/2014, às 07h08   Juliana Nobre (Twitter: @julianafrnobre)


FacebookTwitterWhatsApp

Na tentativa de uma terceira via de opção para a população baiana no pleito de outubro, o candidato do Psol, Marcos Mendes acredita que deverá chegar no segundo turno. Em 2010, Mendes teve 0,46% dos votos válidos. Na última pesquisa divulgada pelo Ibope/Correio, o postulante aparece com 1%. “Tenho certeza que quando a população conhecer nosso projetos, debater conosco, vamos deslanchar nesse processo”.

Em entrevista ao programa Se Liga Bocão, da rádio Itapoan FM, na noite desta quinta-feira (10), o candidato esquerdista criticou a política de alianças dos partidos ‘maiores’. “Os políticos tratam a população como gado. Muitos dizem que tem não sei quantos prefeitos e por isso vão ganhar a eleição. Mas a população foi para as ruas mostrar que não é assim. Não quero fazer alianças com esses caras e com empresários”, afirma.

Militante do Partido dos Trabalhadores por 20 anos, Mendes não poupa críticas à legenda presidente Dilma e do governador Jaques Wagner. Para ele, os petistas mantiveram a mesma gestão dos tucanos, no Brasil, e dos demistas na Bahia. “As concepções que tanto eles criticaram acabaram fazendo o mesmo. Por isso resolvi sair do partido, em 2003”.

Mendes ressaltou que a campanha ao governo será modesta, já que não aceitará financiamento para sua campanha de empresários. O discurso radical esquerdista não cria receio ao postulante, que garante que irá governar sem alianças, acordos políticos, apenas com a participação popular. “Não é discurso, é prática. Já fazemos isso em outros estados. Sabemos que dá para fazer”, reforça.

Manifestações

Um dos partidos políticos que tomaram as ruas nas manifestações do ano passado, o Psol passou para o papel de coadjuvante no processo. De acordo com Marcos Mendes, a sigla, em nenhum momento, tomou à frente das manifestações e não dirigia os manifestantes. “Fomos para as ruas porque eram as mesmas bandeiras do nosso partido”, completa.

Apesar do esvaziamento dos partidos políticos nas manifestações deste ano, Mendes ressalta que o partido não era contra a realização da Copa do Mundo no Brasil, mas aos descasos com a população. “Foram R$ 30 bilhões investidos na Copa com dinheiro público, quando disseram que não teriam investimentos do governo. Estádios foram R$ 10 bilhões. Por conta disso, ao contrário, temos a Educação, a Saúde e a Segurança abandonada”.

Publicada no dia 10 de julho de 2014, às 19h13

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp