Política

Imbassahy pede afastamento de senador do PT após denúncias da Veja

Imagem Imbassahy pede afastamento de senador do PT após denúncias da Veja
Na condição de líder do partido na Câmara, tucano da Bahia defendeu que a medida seja tomada de imediato   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 04/08/2014, às 06h30   Redação Bocão News (Twitter @bocaonews)


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O Líder do PSDB na Câmara, Antônio Imbassahy (BA), defendeu o imediato afastamento do relator da CPI da Petrobras, senador José Pimentel (PT-CE), por não reunir as condições necessárias para o cargo, como isenção. Para Imbassahy, o presidente do colegiado, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), “tem o dever moral de afastá-lo imediatamente, de ofício, e ao mesmo tempo mandar verificar se não ocorreu a mesma farsa na CPMI da Petrobras, também em andamento”.

“Lamentavelmente, o fato coloca sob suspeição os depoimentos prestados na CPMI, uma vez que as perguntas eram muitas vezes idênticas àquelas feitas na comissão do Senado. Além disso, os personagens citados eram presença frequente também na CPMI, onde possivelmente orquestraram o mesmo teatro”, afirmou Imbassahy.

“Outra dúvida que se estabelece é em relação à presidente Dilma: ela tinha ciência de que servidores do prédio anexo ao Palácio do Planalto e os dirigentes da Petrobras estavam atuando contra os interesses do País? Ela, como superiora, tem responsabilidade pelos atos dos seus subordinados na Secretaria de Relações Institucionais (SRI) – assim como o titular da pasta, Ricardo Berzoini, ex-presidente do PT, já envolvida em casos semelhantes no passado. Ou, mais uma vez, recorrerá ao usual ‘não sabia de nada’, confirmando que de fato não possui qualquer comando sobre sua própria equipe nessa operação criminosa”, completou.

Caso o senador Vital do Rêgo não determine o afastamento do relator imediatamente (medida que Imbassahy classifica de “esperada e óbvia”), o Líder tucano adiantou que entrará com mandado de segurança nesse sentido junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), para que assim seja garantido o direito parlamentar de fiscalização da administração pública – prejudicado neste caso por uma atuação partidária do relator e, mais grave ainda, com participação de membros do próprio Executivo.

“A reiterada intervenção do Palácio do Planalto e de membros do alto escalão do Governo Federal mostram que se trata de uma ação orquestrada, partidária, e não um fato isolado. É essencial, como forma de garantir o mínimo de credibilidade à CPMI, voltarmos a tradição de divisão de cargos nas comissões de inquérito entre oposição e base aliada – presidência para um, relatoria para outro”, ressaltou Imbassahy, lembrando ainda da confessa articulação do ministro José Eduardo Cardozo junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) para adiar o julgamento da compra da usina de Pasadena.

O Líder Antônio Imbassahy concluiu dizendo que ainda estuda tomar outras medidas, como uma representação junto à Procuradoria-Geral da República (PGR) para investigar possível prática de falso testemunho pelos depoentes e outra solicitando investigação de improbidade dos servidores citados, caso se comprove que revelaram documentos ou fatos sigilosos utilizando-se do cargo que – já que servidores do Executivo e do Legislativo foram comprovadamente usados para auxiliar no treinamento dos depoentes.


Nota originalmente postada dia 3

Classificação Indicativa: Livre

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