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Em depoimento, Argôlo diz que foi apresentado a Youssef por Negromonte

Imagem Em depoimento, Argôlo diz que foi apresentado a Youssef por Negromonte
Deputado diz que está sendo usado como “boi de piranha”  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 03/09/2014, às 06h26   David Mendes (Twitter: @__davidmendes)




O deputado federal Luiz Argôlo (SD) afirmou em depoimento ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Federal, nesta terça-feira (2), que foi apresentado ao doleiro Alberto Youssef pelo ex-deputado federal e atual conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Mario Negromonte, durante uma festa de boas-vindas do PP a novos deputados. “Ele [Negromonte] me apresentou como um empresário. Se eu tiro uma selfie com um eleitor e depois descubro que é um traficante, a culpa é minha?”,  questionou Argôlo, ao afirmar que o doleiro foi apresentado pelo conterrâneo como um grande investidor, proprietário de hotéis e terrenos.

Em recente entrevista ao Programa Se Liga Bocão, da Itapoan FM, Negromonte afirmou que conheceu Alberto Youssef em 2008, através do ex-líder do PP José Janene, que seria amigo do doleiro e foi um dos réus do mensalão, antes de morrer em setembro de 2010 após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC). "Eu fui a um encontro e essa figura estava lá e todos os deputados [do PP] conheceram ele", afirmou o conselheiro.


Argôlo disse ainda que as conversas dele com o doleiro vazadas à imprensa se referem-se à venda de um terreno do irmão dele para Youssef. O político afirmou que intermediou a transação feita em 2011, no valor de R$ 375 mil. Desse total, segundo ele, Youssef pagou cerca de R$ 200 mil antes de ser preso na operação da PF. 

Para Argôlo, ele está sendo usado como “boi de piranha” já que a operação “Lava Jato”, que prendeu o doleiro Alberto Youssef, trata de irregularidades relacionadas à Petrobras.

O relator do processo, deputado Marcos Rogério (PDT-RO), anunciou  que o processo precisa estar concluído até 24 de setembro, mas admite que nesta data não será possível. O pedetista disse ainda que o presidente do conselho, deputado Ricardo Izar (SP), tentará marcar a sessão para votar o relatório em 1º de outubro.

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Publicada no dia 2 de setembro de 2014, às 16h13

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