Partido diz ser "inadmissível" permanencia de Negromonte como conselheiro |
Publicado em 09/09/2014, às 06h19 David Mendes (Twitter:@__davidmendes)
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O Democratas na Bahia afirmou, nesta segunda-feira (8), que solicitará junto à Justiça baiana o afastamento do conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) Mário Negromonte, apontado pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa como beneficiário de um esquema de corrupção montado dentro da Petrobras, conforme denunciou a revista Veja neste final de semana.
Esta é a segunda vez que a semanal cita o nome do ex-deputado federal em ligações com o esquema montado pelo doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal (PF) na Operação “Lava Jato”, acusado de desviar R$ 10 bilhões dos cofres públicos. O ex-colega de bancada, também investigado por ligação com o doleiro, deputado Luiz Argôlo (SD), afirmou em depoimento à Comissão de Ética da Câmara Federal que conheceu Youssef através de Negromonte.
O DEM já tinha investido contra a nomeação de Negromonte para a corte de contas baiana e acusou o governador Jaques Wagner (PT) de “desmoralizar a Bahia” ao defender e trabalhar nos bastidores para garantir a Negromonte a vaga deixada pelo ex-conselheiro Paulo Maracajá.
Negromonte foi eleito com ampla votação da bancada governista da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) em maio último. Do total, 47 deputados votaram favoráveis, 11 contrários, dois em branco, um nulo e dois se abstiveram. Este ano, a vaga para conselheiro pertencia ao Executivo estadual.
Neste domingo, durante o desfile do 7 de Setembro, Wagner afirmou que Negromonte deveria “explicar qualquer coisa que esteja envolvendo o nome dele”.
Para o presidente do DEM na Bahia, José Carlos Aleluia, é “inadmissível” a manutenção do ex-pepista no TCM. “O povo e as prefeituras baianas não podem aceitar que as contas municipais sejam fiscalizadas por alguém envolvido em um esquema de corrupção de R$ 10 bilhões, o maior da história do Brasil”, condenou.
Nesta manhã, Negromonte afirmou, em entrevista a Zé Eduardo na Metrópole, que as denúncias da Veja, a qual já foi acusada por ele de agir por ciúmes já que recebeu menos verbas do Ministério das Cidades quando ele foi ministro, "são ilações". Sobre Aleluia, Negromonte disparou ataques ao afirmar que o dirigente partidário e ex-deputado “não tem passado que o habilite a fazer acusações a ninguém” já que “sentou na cadeira da CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito] dos Anões do Orçamento como investigado e foi salvo num acordo partidário”.
“Assim como apelaremos à Justiça pelo seu afastamento do TCM, ele deveria também fazer o mesmo contra mim, já que está tão convicto do que disse”, rebateu Aleluia.
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