Política

Governistas festejam ajuda da oposição em aprovação de 100% dos projetos de Neto

Imagem Governistas festejam ajuda da oposição em aprovação de 100% dos projetos de Neto
Desde o ano de 2013, 40 matérias do Executivo foram votadas no plenário da Câmara  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 10/09/2014, às 07h05   Juliana Nobre (Twitter: @julianafrnobre)


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Desde que assumiu a prefeitura de Salvador, ACM Neto (DEM) não teve dificuldades de conseguir a aprovação de projetos polêmicos, como o IPTU e desafetação de terrenos, na Câmara de Vereadores da capital. Das 40 propostas apresentadas, todas foram aprovadas, inclusive, com votos favoráveis dos vereadores da oposição.

O gestor tem a seu favor a bancada governista com 28 edis. Porém, mesmo com o apoio deles, o demista necessita dos votos da bancada de oposição para que suas propostas, polêmicas ou não, passem pelo consentimento de todos. Dificuldades para unificar a bancada têm fragilizado os opositores.

Até o líder do governo, Joceval Rodrigues (PPS), sente mais facilidade em convencer os opositores. “Aprovamos 100% dos projetos do prefeito. Isso não é fácil. É um trabalho de convencimento muito grande. Quando o processo de convencimento está complicado na base governista, partimos para tentar o convencimento dentro da bancada da oposição. No que depender da Câmara Municipal de Salvador, o prefeito ACM Neto pode continuar o seu projeto de resgate da autoestima da cidade”, explicou.

O líder da oposição, Gilmar Santiago (PT) já recebe críticas por sua atuação. De acordo com o presidente municipal da legenda, Edson Valadares, a base partidária está descontente com o empenho, ou falta dele, do correligionário.

Gilmar Santiago, porém, comparou a atuação da oposição com o governo estadual. “A via de regra é que o governo, seja no estadual ou municipal, consiga aprovar seus projetos porque tem maioria. O estranho é que no caso do governador Jaques Wagner, ele não conseguiu aprovar nenhum. Mas é estratégico para o prefeito quebrar a bancada de oposição”, diz.

Questionado então se o argumento do prefeito é mais consistente que do governador, Santiago desconversou. “Eu considero que os meus argumentos são bons. Posso falar apenas por mim, que segui as determinações do partido quando vimos que muitos projetos do Executivo não beneficiavam a população de Salvador, como o caso do IPTU e da desafetação dos terrenos. Os outros é que precisam apresentar suas argumentações”, apontou.

Oposição reconhece

A vice-líder do bloco oposicionista, Aladilce Souza (PCdoB), reconheceu a dificuldade em votar de forma unificada. “Em determinadas votações do Executivo votamos divididos, de verdade. Mas não é de responsabilidade da liderança, que votou no entendimento e conceito da oposição. Tivemos realmente uma dificuldade em algumas votações com entendimento desses vereadores por benefícios pontuais em relação a algumas categorias ou algumas demandas ligadas aos seus mandatos. Infelizmente, isso fragiliza a oposição, mas política é processo”, afirma.

Ao final das eleições, o petista deixa a liderança da bancada na Casa. Apesar das aprovações, faz um balanço positivo à frente do bloco. “Eu cumpri o meu papel. Na democracia, quem ganha a eleição governa e quem perde vai para a oposição porque são antagônicos do ponto de vista do projeto político. Tenho a consciência de que busquei fazer o melhor de acordo com o meu partido”, finaliza Gilmar Santiago.


Publicada no dia 9 de setembro de 2014, às 18h41

Classificação Indicativa: Livre

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