‘Ressaca eleitoral’ também atinge a Câmara de Salvador

Publicado em 09/10/2014, às 11h45 Juliana Nobre (Twitter: @julianafrnobre)

Menos da metade dos vereadores de Salvador tentaram uma vaga nas Casas Legislativas Federal e Estadual, porém, o processo eleitoral influenciou mais na rotina da Câmara de Salvador que até mesmo na Assembleia Legislativa. Três dias após o pleito, nenhuma sessão ordinária ocorreu na Casa. Segundo o líder da oposição, Gilmar Santiago (PT), os edis ainda estão ‘ressaqueados’.

O líder atribuiu o número insuficiente de vereadores nas plenárias à campanha para o segundo turno à Presidência da República. “A partir da semana que vem é possível termos algumas sessões, mas talvez ainda não teremos uma Câmara com a intervenção que deveria fazer devido à campanha”, disse.

A Câmara de Salvador já não funciona a todo vapor antes mesmo das eleições. De fevereiro a junho deste ano foram realizadas cinco sessões ordinárias em cada mês. No mês de julho foram apenas quatro. Esta média tende a diminuir, já que nenhuma sessão foi realizada este mês.

Ainda de acordo com o petista, o Legislativo Municipal não possui tradição em grande número de sessões ordinárias, tampouco votações. Santiago, que disputou uma vaga na Alba, mas não se elegeu, ainda transferiu a responsabilidade da baixa votação ao Executivo. Segundo o líder oposicionista, ACM Neto (DEM) já encaminhou todos os projetos de maior interesse antes das eleições. “Não temos uma número excessivo de projetos para votar do Executivo como foi nos últimos meses, portanto a tendência é diminuir”, explica.

A reportagem tentou contato com o líder e vice-líder do governo, Joceval Rodrigues (PPS), e Léo Prates (DEM), mas nenhum atendeu ou retornou as ligações.

A tendência agora é votar matérias dos vereadores. As bancadas só irão se reunir para definirem a pauta após o segundo turno. Até lá, a Casa Legislativa Municipal continua ‘às moscas’.

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Nota originalmente postada dia 8

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