A Polícia Federal e o Ministério Público devem apertar o cerco também sobre os operadores da propina já mencionados por Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef, entre eles o empresário Fernando Soares, ou Fernando Baiano, ligado ao PMDB, e ao tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.
Segundo o Globo, Fernando Baiano já foi intimado para depor, e deve comparecer à PF em Curitiba para das explicações ainda este mês. Ele teria sido um dos operadores que ajudaram a Odebrecht a repassar US$ 23 milhões para contas de Paulo Roberto Costa na Suíça. Fernando Baiano mora no Rio de Janeiro com a família. O advogado Mário de Oliveira Filho, responsável pela defesa do empresário, disse ao jornal que ainda não definiu a estratégia de defesa do cliente: "preciso ter acesso à delação premiada para dizer alguma coisa", respondeu o advogado.
Ainda de acordo com a publicação, nos últimos dias, o nome de Fernando Baiano apareceu associado ao do deputado Eduardo Cunha (RJ), líder do PMDB na Câmara. O deputado disse que pode até ter se encontrado em algum momento com o empresário, porque é um político e fala com muita gente, mas diz que não tem qualquer vínculo com Fernando Baiano. A associação ao nome do empresário estaria ocorrendo apenas porque é o líder do PMDB, a quem Fernando Baiano estaria ligado.
"Não me lembro de conhecê-lo. Posso ter estado com ele algum dia, mas não é uma pessoa das minhas relações", disse.
Após delação premiada de Paulo Roberto Costa, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal estão interrogando Alberto Youssef. O doleiro prometeu devolver R$ 55 milhões e contar tudo o que sabe sobre fraudes na Petrobras e em outras áreas. Youssef tem sido interrogado entre quatro e seis horas por dia. Ele já teria confirmado boa parte das acusações do ex-diretor da Petrobras.
