Política

Abin faz auditoria interna após aparelhos da agência serem encontrados com Alexandre Ramagem; saiba detalhes

Antonio Cruz / Agência Brasil
Aparelhos da Abin foram encontrados em janeiro pela Polícia Federal com ex-diretor da agência Alexandre Ramagem  |   Bnews - Divulgação Antonio Cruz / Agência Brasil
Tácio Caldas

por Tácio Caldas

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Publicado em 11/03/2024, às 06h40


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A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) iniciou em fevereiro uma auditoria interna ampla nos aparelhos eletrônicos e nas normas de segurança da agência. Essa ação está acontecendo devido ao fato de itens pertencentes à Abin terem sido encontrados, pela Polícia Federal (PF), com o ex-diretor e atual deputado federal Alexandre Ramagem. Com ele foram encontrados um notebook e um aparelho celular da agência.

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Desde janeiro de 2024 que Ramagem é investigado pela PF. Ele é suspeito de liderar um sistema de espionagem ilegal quando esteve à frente da Abin, durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Aliado da família do ex-chefe do executivo federal, o atual parlamentar saiu do cargo em abril de 2022 para concorrer à Câmara dos Deputados.

Segundo a Abin, essa auditoria deve ser encerrada em abril. Somente após a conclusão do processo e o fim da revisão das normas de segurança, os aparelhos serão devolvidos estando prontos para uso.

COMO FUNCIONA

Durante todo esse procedimento, a Agência Brasileira de Inteligência promove uma "entrevista específica de segurança corporativa" com ex-funcionários e recolhe todos os itens da agência com a pessoa. Além disso, a Abin também realiza o bloqueio do acesso presencial e virtual de cada um dos envolvidos nessa auditoria.

CRENÇA DA POLÍCIA FEDERAL

A linha de investigação da PF aponta que a reunião de teor golpista promovida por Bolsonaro com ministros no Palácio do Planalto, indicaria que o então gestor federal sabia da "Abin Paralela". Segundo a polícia, o ex-presidente também sabia que o monitoramento ilegal de adversários políticos era feito pela Abin. Essa reunião aconteceu em julho de 2022.

Vale lembrar que na reunião, o então chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o general Augusto Heleno, falou sobre o assunto. Na ocasião, Heleno disse ter encaminhado uma ordem para o diretor-adjunto da Abin, Victor Carneiro, então sucessor de Ramagem, para infiltrar agentes da agência nas campanhas eleitorais de outros candidatos. Antes de completar, o general é interrompido por Bolsonaro que diz que o assunto seria conversado "em particular". Com informações do colunista Guilherme Amado, do Metrópoles.

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