Política

Acampamento bolsonarista: tráfico, prostituição e até denúncias de estupro chegaram a PM; vídeo

Rinaldo Morelli/Câmara Distrital
"Um líder chamado Renan Sena, que fez um vídeo, acusando um outro líder de ter cometido estupro dentro do acampamento", disse coronel da PM  |   Bnews - Divulgação Rinaldo Morelli/Câmara Distrital

Publicado em 17/03/2023, às 21h49 - Atualizado às 22h12   Cadastrada por Letícia Rastelly


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O coronel e ex-comandante de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal, Jorge Eduardo Naime, chocou ao revelar diversos crimes que aconteciam nos acmpanhamentos bolsonarista em Brasília, durante seu depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos na Câmara Distrital do DF, na quinta-feira (16).

No acampamento, montado em frente ao Quartel General (QG) do Exército em Brasília, teria rolado até estupro. "Eu estive várias vezes naquele acampamento, eles realmente viviam numa bolha ali dentro, só consumiam informações em grupos e no que era falado naquele carro de som (...) Parecia uma seita. Ali, realmente, foi o epicentro [dos atos golpistas]. Chegou ao absurdo de eu receber um dia, um líder chamado Renan Sena, que fez um vídeo, colocou nas redes sociais, acusando um outro líder de ter cometido estupro dentro do acampamento", disse o coronel.

Ainda em sua defesa, o coronel que é acusado de fazer “vista grossa” para os bolsonaristas, chegando até a ser preso na quinta fase da Operação Lesa Pátria, relatou ainda outras situações: "Eu falei desse vídeo, mostrei em uma das reuniões que tivemos no Exército. A gente já tinha informações de tráfico de drogas, de ambulante, de prostituição. Teve o vídeo que apareceu de denúncia de estupro. Não foi uma ou duas vezes, eu botei 500 homens à disposição do Exército no dia 29/12 pra retirar aquele acampamento definitivamente. E a operação foi cancelada", detalhou ainda. 

Segundo o coronel, o grupo vivia em um mundo "parelalo" onde diziam se conectar com "extraterrestres": "Teve um que me abordou e falou para mim que ele era um extraterrestre, que estava ali infiltrado e que assim que o Exército tomasse o poder, os extraterrestres iriam ajudá-lo”, declarou Naime. 

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