Política

Bolsonarista afirmou que extraterrestres ajudariam o Exército a dar um golpe, revela coronel em CPI

Rinaldo Morelli/Câmara Distrital
Declaração foi dada por coronel em CPI dos atos antidemocráticos  |   Bnews - Divulgação Rinaldo Morelli/Câmara Distrital

Publicado em 16/03/2023, às 16h27   Cadastrado por Sanny Santana


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O ex-comandante de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Jorge Eduardo Naime, afirmou, nesta quinta-feira (16), durante depoimento à CPI dos atos antidemocráticos, que bolsonaristas acampados em frente ao quartel-general do Exército afirmaram que "viviam em um mundo paralelo". 

De acordo com o coronel, um homem o abordou afirmando que era um extraterrestre e estava infiltrado. "Teve um que me abordou e falou para mim que era um extraterrestre, que ele estava ali infiltrado e que assim que o Exército tomasse, os extraterrestres iriam ajudar o Exército a tomar o poder", relatou o coronel. "Eles consumiam só informações deles, era só o que era falado no carro, estavam em uma bolha", completou.

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Na oitiva, Naime também disse que estava de folga no 8 de janeiro, mas foi convocado a participar da ação para remover os bolsonaristas da Esplanada dos Ministérios. De acordo com ele, no entanto, militares do Exército dificultaram a ação da PM.

Ele ainda afirmou que, após a contenção dos golpistas, seguiu para o acampamento em frente ao QG do Exército e foi impedido pelos militares de prender bolsonaristas no local. "Tinha uma linha de choque do Exército com blindados. Eles não estavam voltados para o acampamento, mas sim para a PM", disse à CPI.

Jorge Eduardo Naime está preso desde 7 de fevereiro, após ser alvo da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos atos antidemocráticos foi criada pela Câmara Legislativa do Distrito Federal e começou a ouvir depoimentos no dia 2 de março. Os deputados apuram as responsabilidades nas ações golpistas do dia 12 de dezembro do ano passado e do último 8 de janeiro, em Brasília.

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