Política

ACM Neto e Bruno Reis enfrentam protesto religioso e ambiental nas dunas de Itapuã

Joá Souza / BNews
Entidades alegam que evangélicos insistiram na obra por perseguição e não teve diálogo do prefeito Bruno Reis  |   Bnews - Divulgação Joá Souza / BNews

Publicado em 10/02/2022, às 10h23   Luiz Felipe Fernandez e Victor Pinto


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O prefeito Bruno Reis (UB), sua equipe e o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (UB), enfrentaram protestos na manhã desta quinta-feira (10). Lideranças ligadas as religiões de matriz africana, indígenas e ambientalistas são contra o projeto de urbanização das dunas do bairro de Itapuã, que ficam a margem da Avenida Dorival Caymmi e receberá o nome de Monte Santo.

As entidades acusam que o projeto vai cercear o direito da comunidade do candomblé e também a indígena de utilizarem a área para promoverem encontros e obrigações. Indicam ser realização dos evangélicos que moram na região que estão incomodado com a frequência dos filhos de santo nas dunas.

Protesto em Itapuã contra Bruno Reis e ACM Neto

À equipe do BNews, alguns manifestantes alegaram que eles sofrem retaliação quando estão na área livre. Defensores da causa ambiental também se mobilizaram no evento. Alegam que haverá prejuízo a conservação natural, caso a obra comece, fato refutado pela prefeitura de Salvador.

O evento, vale o registro, teve presença maciça do segmento político evangélico soteropolitano, a exemplo dos deputados federais Márcio Marinho (Republicanos) e Alex Santana (PDT), os deputados estaduais Arimateia (Republicanos) e Jurailton (Republicanos) e dos vereadores Luiz Carlos (Republicanos) e Isnard Araújo (PL).

Antes do discurso de Bruno Reis, ACM Neto discursou. Lembrou que durante sua gestão toda atenção foi dada as comunidades ligadas ao candomblé e a umbanda. Exemplificou a criação da avenida Mãe Stella de Oxóssi e na revitalização da Pedra de Xangô.

ACM Neto em discurso

“A equipe do prefeito Bruno Reis vai dialogar com vocês. Ninguém é dono da verdade. Tem a questão da preocupação ambiental, estão corretos, mas não há nenhuma dúvida em relação a necessidade de preservação absoluta do patrimônio imaterial, natural, cultural, dos bens da cidade. Lamento que o parque da Lagoa do Abaeté, de gestão do governo do Estado, está abandonado por tantos anos”, disse o pré-candidato a governador.

Reis, ao som de batucada do protesto, defendeu a obra. “É fundamental que possamos nos unir. O prefeito é o prefeito de todos. Eles quer ver a cidade avançar em todas as áreas. É com esse propósito que trabalho como prefeito da cidade. Eu entendo que essas pessoas que estão se manifestando, tem direito de se manifestar. Temos que acabar esse sentimento no País de ódio e de raiva”, disse.

“Aos ambientalista: hoje os gestores seguem as regras e leis ambientais. O que estamos fazendo aqui é harmonizando e preservando as dunas com o que há na lei ambiental. Esse parque que está abandonado, que não é feito pela manutenção, o que a prefeitura quer fazer é preservar esse patrimônio nosso. Ao povo de Santo (…), nunca se valorizou tanto a comunidade como nós valorizamos”, completou.

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