Política
Publicado em 22/08/2023, às 06h30 - Atualizado às 06h56 Cadastrado por Tácio Caldas
O Supremo Tribunal Federal (STF), por meio de um posicionamento do ministro Alexandre de Moraes, prorrogou na última segunda (21) o inquérito que está aberto desde 2022 contra Luciano Hang. O empresário, dono das lojas Havan tem sido investigado pela Polícia Federal (PF), após ter, supostamente, falando em golpe de Estado em mensagens com outros empresários.
De acordo com Moraes, a prorrogação do prazo do inquérito foi a pedido da PF. Isso porque os investigadores informaram que não conseguiram acesso às senhas do celular do empresário catarinense.
Entenda o caso
A extensão do prazo foi ampliada em 60 dias contra Hang e Meyer Nigri, dono da Tecnisa. Ambos permanecem sob investigação por participação no grupo 'WhatsApp Empresários & Política', que teria conversas com teores golpistas.
Por outro lado, outros seis empresários deixaram de serem investigados e tiveram os inquéritos arquivados pelo STF. Foram eles os empresários Afrânio Barreira Filho, José Isaac Peres, José Khoury Junior, Ivan Wrobel, Marco Aurélio Raymundo e Luiz André Tissot. No caso de todos eles, a polícia avaliou que eles não tiveram nenhuma atuação antidemocrática para além da participação no grupo.
A PF segue analisando os dados bancários de Hang e tenta acessar o celular dele. Na decisão de Moraes, o ministro afirma que o empresário se recusou a fornecer suas senhas aos investigadores. Já Nigri teria recebido notícias falsas contra as urnas eletrônicas.
A polícia acredita que essas noticias estão associadas a um número de celular que seria do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), já que segundo a PF, um contato identificado como "Pr Bolsonaro 8" enviou um vídeo e uma mensagem atacando o processo eleitoral.
Investigação anterior
Luciano Hang já foi alvo de uma operação da Polícia Federal em 2022. Na ocasião, o empresário catarinense afirmou que chegou a ser 'tratado como um bandido' e negou ter sido um dos defensores do golpe de Estado em caso de vitória do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de outubro.
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