Política

Angelo Coronel volta a criticar Flávio Dino: "Não adianta bravata"

Foto: Joilson César/BNews
Senador volta a criticar ministro da Segurança Pública após atos antidemocráticos em Brasília  |   Bnews - Divulgação Foto: Joilson César/BNews

Publicado em 10/01/2023, às 15h06 - Atualizado às 15h18   Cadastrado por Luiz San Martin



O senador Angelo Coronel (PSD) voltou a criticar o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dinno (PSB), após os episódios de terrorismo que aconteceram no último domingo (8), em Brasília, onde vândalos invadiram e destruíram os prédios dos três poderes. Para o senador, foi "inadmissível" a segurança do Estado não ter detectado os movimentos com antecedência.

“É inadmissível que o gabinete institucional, o GSI, que a Polícia Federal, serviço secreto da Polícia Militar, não detectou esses movimentos com antecedência. Imagine que entrar 100 ônibus em uma capital, poxa só se fosse em miniatura, pois 100 ônibus são 100 ônibus, será que ninguém poderia verificar nas rodovias, a própria Polícia Rodoviária Federal e as forças de segurança, infiltrar pessoas para descobrir o que estava planejado para ser realizado”, disse Coronel em entrevista à BandNews Salvador.

O senador completou relembrando uma fala do ministro na semana que antecedeu os atos. "O ministro Flávio Dino, na quarta (4) tinha dito em uma entrevista que até a sexta (6) não teria mais nenhum acampamento, que ia desmobilizar, eu achei aquilo uma bravata, querendo até ter mais autoridade que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, tanto virou à bravata que no dia 6 não aconteceu nenhuma desocupação e no dia 8 foi deflagrado esse movimento, esse vandalismo em Brasília", disse.

Coronel ainda explicou que sua crítica ao trabalho de Dinno foi justamente em relação ao governo não ter previsto possíveis ações contra a democracia.

Não existe time sem técnico, se houve esse quebra quebra, alguém deve ter insuflado, alguém deve ter planejado. Por mais que exista a famosa massa de manobra, mas tem pessoas que vão num movimento desse, premeditado a cometer esse vandalismo. Então quando eu critiquei o ministro Dinno foi nesse sentido, que eu acho que a humildade é tudo na política e na gestão. Não adianta bravata pois bravata a pessoa tem perna curta, e a pessoa acaba se atrapalhando e caindo

O senador terminou sua fala afirmando que não sabe se classificaria as ações como "terrorismo", mas sim um "vandalismo" muito grande. Além disso, pediu para que as pessoas que participaram dos atos sejam exemplarmente punidos, até para que novos atos como este não possam se repetir em outras cidades do país.

"O vandalismo foi muito grande, não sei se podemos chamar de terrorismo, mas o vandalismo foi muito grande. Acho que são pessoas que não respeitam a constituição, não respeitaram o resultado das urnas, mesmo que você não tenha votado, mas você tem que respeitar o resultado das urnas, e essas pessoas que cometeram esses atos não respeitaram e merecem ser punidas exemplarmente, até para evitar que outros episódios dessa natureza venham a acontecer em outros estados da federação”, finalizou.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp