Política
O Ministério Público Federal (MPF), através da Procuradoria-Geral da República (PGR), divulgou uma nota na manhã desta terça-feira (11) uma nota em que comenta sobre uma publicação do então titular do órgão, Augusto Aras teria se gabado de sua atuação à frente do órgão.
Em uma publicação no Twitter feita no último domingo (9), o PGR disse que teve disposição para “desestruturar as bases do lavajatismo”.
Resta saber se todos eles terão a disposição que o procurador-geral demonstrou nesses 4 anos, para enfrentar e desestruturar as bases do lavajatismo enquanto recebia ao revés uma chuva de projéteis traçantes iluminados por um jornalismo alimentado pelo denuncismo atroz e acrítico
— Augusto Aras (@AugustoAras) July 9, 2023
No entanto, em nota, a PGR disse que a publicação feita por Aras não é de autoria do procurador, mas um trecho da coluna de Luís Costa Pinto, no site Brasil 247. Na publicação, o colunista fala sobre um eventual impasse vivido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em escolher um novo procurador-geral da República ou segui com Augusto Aras no cargo.
“A conta de Augusto Aras apenas retuitou o texto e destacou uma frase da matéria. Para comprovar, basta um clique no link postado junto com o comentário para acessar o artigo. O trecho destacado e retuitado representa uma avaliação do jornalista em texto que trata da sucessão ao cargo de procurador-geral da República”, diz a nota.
Depois de críticas, Augusto Aras bloqueou comentários na publicação. Ele criticou a Lava-Jato em alguns momentos, como na sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, em 2021, quando foi reconduzido ao cargo.
Na oportunidade, o PGR defendeu que “tem o dever de se manifestar no universo do discurso jurídico, primordialmente nos autos, sem espetáculo, sem escândalo, para não macular, para não pré-julgar, para não causar as lesões que estão desprestigiando as condenações ocorridas nos últimos anos”.
Augusto Aras foi nomeado para o cargo pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2019, e reconduzido ao posto em 2021. Ele permanece no cargo até setembro, quando termina o seu mandato. Cabe ao presidente Lula reconduzi-lo ao cargo ou escolher outro nome para o comando do MPF.
Confira a nota completa do MPF:
A respeito de post publicado nesse domingo (9) pela conta de Augusto Aras na rede social Twitter, registra-se que a frase não é de autoria de procurador-geral da República. Trata-se de trecho extraído de texto jornalístico publicado pelo site Brasil 247, de autoria do colunista Luís Costa Pinto.
A conta de Augusto Aras apenas retuitou o texto e destacou uma frase da matéria. Para comprovar, basta um clique no link postado junto com o comentário para acessar o artigo. O trecho destacado e retuitado representa uma avaliação do jornalista em texto que trata da sucessão ao cargo de procurador-geral da República.
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