Política

Mensagens revelam mais detalhes de plano de bolsonaristas para “começar uma guerra”; entenda

Jefferson Rudy / Agência Senado
Pelo menos dois bolsonaristas encomendaram armas  |   Bnews - Divulgação Jefferson Rudy / Agência Senado

Publicado em 24/07/2023, às 06h52 - Atualizado às 07h03   Cadastrado por Edvaldo Sales


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A Polícia Civil do Distrito Federal apreendeu mensagens de bolsonaristas que comprovam uma encomenda de armas feita a George Washington de Oliveira Sousa, que foi condenado e preso por uma tentativa de atentado a bomba no aeroporto de Brasília, em 24 de dezembro de 2022. As informações são do UOL.

De acordo com o site, pelo menos dois manifestantes – o fazendeiro Álvaro Canevari e Ermeto Silva dos Santos – que estavam em Brasília no fim do ano passado e questionavam o resultado das eleições, que elegeu o presidente Lula (PT) contra Jair Bolsonaro (PL), pediram armas a Washington.

Um deles disse estar "interessado" em uma carabina e o outro cobrou a entrega de uma pistola glock para um colega de acampamento golpista. Em uma das mensagens, Washington escreveu, segundo o UOL, que o arsenal dava "para começar uma guerra" e mostrou fotos de várias armas para um dos envolvidos. Além disso, ele descreveu alguns itens.

As mensagens que a polícia teve acesso mostram ainda que Álvaro Canevari respondeu que eles iriam precisar do material, já que o Brasil entraria "em uma guerra civil" se Bolsonaro não fosse declarado eleito. Já Ermeto Santos, que é investigado por ajudar Washington no plano da bomba, mandou áudio ao colega para cobrar a entrega de uma pistola.

Ainda segundo o UOL, Washington chegou a enviar mais de 20 fotos de armas a Álvaro Canevari. Após mandar as fotos, ele afirmou que o armamento logo estaria disponível. As mensagens mostram também que Ermeto Silva cobrou uma pistola glock a Washington. Ermeto ainda chamou Washington para eles irem comprar pólvora, toucas e uma mochila.

A advogada de Washington, Rannie Karla, nega que ele pretendia distribuir armas a outros militantes e afirmou que seu cliente não queria usar o armamento para afrontar o governo eleito.

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