Política

EXCLUSIVO: Aras avalia intervenção de Lula no DF e afastamento de Ibaneis por Moraes; veja o que ele disse

Beatriz Araújo/BNews
Procurador-geral da República, Augusto Aras, concedeu entrevista a BNewsTV, nesta segunda-feira (9)  |   Bnews - Divulgação Beatriz Araújo/BNews

Publicado em 09/01/2023, às 15h02 - Atualizado às 18h29   Yuri Abreu


FacebookTwitterWhatsApp

O procurador-geral da República, Augusto Aras, avaliou a decisão do governo Lula em intervir federalmente na Segurança Pública do Distrito Federal, neste domingo (8), após os atos terroristas cometidos em Brasília por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está nos Estados Unidos.

A decisão da gestão petista foi tornada pública em pronunciamento na tarde de ontem. A intervenção será válida até o dia 31 de janeiro.

"Espero que, a partir desse decreto, possamos não só cuidar da segurança do Distrito Federal, mas garantir de uma vez por todas que isso não se repetirá mais no Brasil. É preciso que essas pessoas sejam punidas de forma exemplar de maneira que ninguém ,nunca mais ouse, com a bandeira nacional nas costas ou com a camiseta da seleção brasileira, fazer o que fizeram hoje", declarou o presidente.

Já durante entrevista ao programa Fato e Opinião, da BNewsTV, nesta segunda-feira (9), Augusto Aras aferiu a resolução determinada pela administração federal.

"Esta é uma das medidas possíveis", iniciou Aras. Mas havia outras, como a GLO (Garantia da Lei e da Ordem), além de uma proposição via Supremo Tribunal Federal (STF), mas seria um trâmite mais alongado. Esta foi uma intervenção rápida e pontual, diretamente na Segurança Pública e que não altera os poderes que são concentrados no DF", avaliou Aras.

Também durante a entrevista, o PGR comentou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), de afastar das funções, durante 90 dias, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). Na ocasião, Aras deu uma leve "cutucada" no magistrado.

"Se eu estivesse em sala de aula, diria que a competência não cabe, senão ao STJ [Superior Tribunal de Justiça]. Além disso, teria de haver justa causa e uma série de requisitos. Mas, estamos vivendo em um Estado excepcional. Eu defendo que os vícios da democracia se resolvam com mais democracia, pois nossa situação é extremamente delicada", disse Augusto Aras.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp