Política

Arthur Maia afirma que é preciso "saber se alguém convidou as Forças Armadas para um golpe de estado"; entenda

José Cruz / Agência Brasil
Deputado baiano disse ainda que, se houve um convite, a resposta das Forças Armadas foi negativa  |   Bnews - Divulgação José Cruz / Agência Brasil

Publicado em 14/08/2023, às 09h07 - Atualizado às 09h21   Cadastrado por Tácio Caldas


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Arthur Maia (UB), presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os ataques do 8 de janeiro, afirmou que é preciso descobrir se alguém convidou as Forças Armadas para participar de um eventual golpe de Estado.

As declarações do deputado baiano ocorreram em entrevista ao Jornal da Bahia no Ar, na manhã desta segunda-feira (14), quando o parlamentar comentou sobre os questionamentos do ex-presidente da república após o resultado das eleições de 2022.

“O discurso que foi feito, de questionamento das urnas eletrônicas, foi muito ruim por parte do presidente da República. O discurso de desafiar o Supremo Tribunal Federal (STF). O discurso de que basta ir um sargento e dois soldados para fechar o STF. Isso não é discurso que caiba na boca de uma presidente da República. Agora, o x da questão, que dificilmente descobriremos, porque dificilmente isso virá à tona em determinado momento, é se alguém, com poder para tanto, bateu na porta do comando geral do Exército e convidou para fazer o golpe. Porque só é possível fazer um golpe de estado com apoio das forças das armas”, afirmou Maia.

De acordo com o parlamentar, o que se sabe até o momento é que, se realmente houve esse convite, a resposta das Forças Armadas foi negativa, uma vez que, ao invés de participar, o exército agiu na defesa da democracia. "As Forças Armadas não caíram no canto da sereia. Pelo contrário, garantiram a posse do presidente eleito e agiram no sentido de preservar a democracia e as instituições democráticos", pontou o deputado baiano.

Além disso, Arthur Maia fez uma avaliação sobre os trabalhos na comissão. Segundo ele, no momento, essa está sendo a tarefa mais complicada da carreira, já que nem temas como a reforma administrativa e reforma tributária foram tão complicados quanto a CPMI do 8 de janeiro

“É complicado porque é uma discussão onde é muito difícil impor a lógica e a racionalidade. São duas narrativas antagônicas. Aqueles que acreditam que o aconteceu no 8 de janeiro foi uma facilitação feita pelo governo para prejudicar a direita. Do outro lado, aqueles que entendem que foi uma tentativa de golpe de estado para tirar o presidente eleito do poder”, frizou o parlamentar.

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