Banco Central corta taxa de juros após meses de pressão do governo Lula; entenda

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve estar em festa. Depois de meses de pressão, o Banco Central (BC) enfim decidiu, em reunião do Copom (Conselho de Política Monetária) nesta quarta-feira (2), pela redução da taxa Selic em 0,5%, de 13,75% para 13,25%.

Foi o primeiro corte realizado pelo Banco Central na taxa básica de juros em três anos. A última vez que ocorreu foi em agosto de 2020, quando o Copom decidiu pela redução da Selic de 2,5% para 2%. De lá para cá, o índice só havia subido, chegando ao ápice de 13,75% em agosto de 2022, patamar em que se manteve até a mudança desta quarta.

BNEWS PET

Cadelinha atriz mostra que é talentosa e viraliza; assista

Após 16 anos

Alexandre Nardoni deve deixar penitenciária nesta segunda-feira; entenda

A redução ocorre após meses de pressão de setores da economia brasileira, da área econômica do governo federal e do próprio presidente Lula, que apontavam a necessidade da queda dos juros para que o Brasil voltasse a crescer.

Lula e outros petistas chegaram a acusar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, de atuar ideologicamente contra o Brasil, para prejudicar a atual gestão federal. Indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o atual gestor do BC tem mandato fixo que se encerra apenas em 2024 e não pode ser demitido.

Formado pelo presidente do BC e mais oito diretores, o Copom teve nesta quarta a primeira reunião com a sua mais nova composição, após a aprovação pelo Senado Federal dos nomes de Gabriel Galípolo e Ailton Aquino para a diretoria da instituição, indicados pelo presidente Lula.

O Copom deve se reunir em outras três oportunidades ainda em 2023, com intervalos de aproximadamente 45 dias: primeiros, nos dias 19 e 20 de setembro; depois, 31 de outubro e 1º de novembro; e encerrando em 12 e 13 de dezembro.