Bolsonaro quebra "tradição" após derrota nas urnas; saiba qual

Uma das consequências da derrota de Jair Bolsonaro (PL) para Lula (PT), no segundo turno das eleições à Presidência da República, no dia dia 30 de outubro, foi a quebra de uma "tradição" que já durava mais de três anos e meio e movimentava muitos dos apoiadores dele.

Pela segunda semana consecutiva, o mandatário está recluso no Palácio do Alvorada, não tendo deixado o local nos últimos dias e, além disso, no mesmo período, deixou de fazer a transmissão semanal ao vivo, que geralmente acontece às quintas-feiras.

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Foi a primeira vez, de acordo com o jornal O Globo, que Bolsonaro passou duas semanas sem fazer a chamada "live", desde que adotou a prática, ainda nos primeiros meses de governo, em março de 2019.

Desde então, o liberal passou a fazer transmissões semanais em suas redes sociais. Nas 191 semanas desde então, em apenas seis oportunidades as "lives" não ocorreram.

Em outubro, na reta final da campanha eleitoral, ele já havia deixado de fazer a live em seus canais por duas semanas, mas porque substituiu por outras transmissões: uma delas com o coach Pablo Marçal e a outra por uma entrevista a um podcast, que teve mais de 1,7 milhão de espectadores simultâneos.

Nas outras quatro semanas em que não houve transmissão, em duas o presidente estava em viagens internacionais, em uma estava internado e em outra substituiu a live por uma entrevista.

Além do pronunciamento, Bolsonaro também divulgou na semana passada um vídeo pedindo para seus apoiadores liberarem rodovias. Nesta semana, publicou fotos em redes sociais, mas não fez nenhuma declaração.

De acordo com interlocutores próximos do chefe do Executivo, o "sumiço" se deve a problemas de saúde.

Segundo a revista Veja, Bolsonaro apresenta várias feridas nas pernas. Além disso, a suspeita dos médicos é de que ele tenha Erispela, que é um processo infeccioso da pele, que pode atingir a gordura do tecido celular, causado por uma bactéria que se propaga pelos vasos linfáticos.