Política

Bolsonaro recebeu 'em mãos' cartão falso de vacinação, garante PF

Agência Brasil
O ex-presidente é investigado pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos no sistema do Ministério da Saúde  |   Bnews - Divulgação Agência Brasil
Daniel Serrano

por Daniel Serrano

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Publicado em 19/03/2024, às 11h52


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Jair Bolsonaro teria recebido "em mãos" de seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid o cartão de vacinação contra a Covid-19 fraudado. É o que diz a Polícia Federal (PF) no âmbito das investigações que apuram um esquema de associação criminosa e inserção de dados falsos no sistema do Ministério da Saúde. Além do ex-presidente e de Cid, outras 15 pessoas também foram indiciadas pelos mesmos crimes.

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De acordo com a PF, Mauro Cid revelou, em delação premiada, que Bolsonaro, ao saber que seu ex-ajudante de ordens "possuía cartões de vacinação contra a Covid-19 em seu nome e em nome de seus familiares, ordenou que o colaborador fizesse as inserções para obtenção dos cartões ideologicamente falsos para ele e sua filha Laura".

"Diante disso, MAURO CESAR CID, utilizando o mesmo modus operandi, solicitou a AILTON BARROS as inserções de dadas falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde, em benefício de JAIR MESSIAS BOLSONARO e LAURA FIRMO BOLSONARO. O colaborador ainda afirmou que imprimiu os certificados e entregou em mãos ao então Presidente da República JAIR MESSIAS BOLSONARO", revela do relatório da PF.

Ainda segundo a polícia, existem provas de que “Bolsonaro agiu com consciência e vontade determinando que seu chefe da Ajudância de Ordens intermediasse a inserção dos dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde em seu benefício e de sua filha Laura Bolsonaro".

Em suas redes sociais, o advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, lamentou o “vazamento” da informação do processo que tem o ex-presidente como alvo e que o processo deveria “ter revestimento técnico e procedimental ao invés de midiático e parcial”.

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