Política

Bolsonaro segue recebendo doações em conta de campanha mesmo após derrota; entenda o que pode acontecer

Alan Santos/PR
Doações seguem sendo feitas por apoiadores via pix  |   Bnews - Divulgação Alan Santos/PR

Publicado em 18/11/2022, às 17h13   Cadastrado por Eduardo Dias


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A campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) está com um problema que não consegue resolver. Isso porque, mesmo após a derrota no segundo turno para o agora presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o atual chefe do Executivo segue recebendo doações de apoiadores na conta de campanha via pix.

De acordo com o colunista do Metrópoles, Rodrigo Rangel, o responsável pelo setor financeiro do QG bolsonarista na campanha, o coronel da reserva do Exército, Marcelo Azevedo, vem pedindo ajuda desde segunda-feira ao Banco do Brasil para interromper as transferências, mas o “problema” ainda não havia sido totalmente resolvido até a quarta-feira (16).

Segundo o colunista, o banco, inclusive, já cancelou a chave pix que usa o número do CNPJ da campanha, mas outras opções seguiam disponíveis e, por isso, o dinheiro continuava caindo na conta.

“Estamos recebendo uns valores pequenos, mas hoje mesmo (quarta-feira) a gente fez a devolução. Encerraremos a campanha sem problema quanto a isso”, disse Azevedo, sem informar quanto exatamente a conta recebeu após a derrota de Bolsonaro nas eleições.

Seundo uma resolução de 2019 do TSE, os partidos e candidatos podem arrecadar recursos até o dia da eleição. Depois disso, é permitida a arrecadação de recursos apenas para quitar despesas já contraídas e que não foram pagas até a data do pleito.

Inclusive, todas as dívidas da campanha devem ser quitadas até o prazo de entrega da prestação de contas à Justiça Eleitoral, que neste ano é no dia 19 de novembro.

As sobras de campanha devem ser devolvidas até 20 de dezembro. Caso não haja devolução, os bancos devem encerrar as contas dos candidatos e transferir o saldo existente ao partido (no caso de recursos provenientes do fundo partidário e de doações privadas) ou ao Tesouro Nacional (no caso do fundão eleitoral).

No segundo turno, a campanha de Bolsonaro arrecadou formalmente R$ 110,1 milhões. Os gastos declarados somam R$ 104,3 milhões. Até o momento, o comitê devolveu apenas R$ 24,7 mil. 

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