Política

Bruno Dauster toma decisão sobre caso dos respiradores

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Bruno Dauster já foi um dos alvos da operação que investiga supostos desvios de dinheiro público na compra de respiradores pelo Consórcio Nordeste  |   Bnews - Divulgação Arquivo BNews
Nilson Marinho

por Nilson Marinho

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Publicado em 12/09/2023, às 12h09


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Bruno Dauster Magalhães, ex-Casa Civil do governo Rui Costa, ingressou com uma queixa-crime contra Paulo de Tarso Carlos, sócio da Biogeoenergy, empresa contratada para a fabricação de respiradores para o Consórcio Nordeste. O ex-secretário acusa o empresário de calúnia e difamação. Uma audiência sobre o caso está sendo realizada na manhã desta terça-feira (12).

Dauster afirmou que ficou extremamente surpreso com a declaração feita pelo empresário às autoridades policiais em 3 de junho de 2020, quando Paulo de Tarso foi detido durante a Operação Ragnarok, conduzida pela Polícia Civil da Bahia.

Naquela ocasião, o empresário alegou, em seu depoimento, que Dauster havia recebido dinheiro de forma ilícita da contratação com a Hempcar. Segundo ele, o ex-secretário não demonstrou interesse em resolver o problema da não entrega dos respiradores ao Consórcio Nordeste ou na devolução do dinheiro investido nos equipamentos.

O advogado de Paulo Tarso solicitou a absolvição de seu cliente das acusações de calúnia e difamação, mas a juíza Silvia Lúcia Bonifácio Andrade Carvalho, da 6ª Vara Criminal da Comarca de Salvador, não atendeu ao pedido.

Irregularidades

A Hempcar recebeu quase R$ 48 milhões do Consórcio Nordeste, sendo que R$ 10 milhões desse montante saíram dos cofres públicos da Bahia. Esse dinheiro foi destinado à importação de 300 respiradores da China para o tratamento de pacientes com Covid-19. No entanto, os equipamentos não foram entregues, levando a empresa a contratar a Biogeoenergy para a fabricação dos respiradores.

O investimento total foi de R$ 24 milhões, mas os respiradores fabricados não foram aceitos pelo Consórcio após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informar que os aparelhos não possuíam registro. Além disso, o restante do dinheiro também não foi reembolsado aos estados nordestinos. Cristiana Taddeo, proprietária da Hempcar, e Paulo de Tarso foram detidos temporariamente, interrogados em Salvador e, posteriormente, liberados.

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