Bruno Reis sobe o tom após derrubada de veto que cria rombo de mais de R$ 300 milhões

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (UB) subiu o tom das críticas contra a Câmara Municipal da capital baiana, após a Casa Legislativa ter, na terça-feira (9), derrubado o veto do Executivo que impedia o reajuste do agentes comunitários de saúde.

Em coletiva nesta quarta-feira (10), o gestor soteropolitano afirmou que a decisão do Legislativo de Salvador só serviu para "atrapalhar a vida das pessoas" e que a decisão do órgão pode até mesmo ser judicializada.

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Conforme Bruno Reis, o aumento proposto pela Câmara de Vereadores foi de 240% e que o impacto nas contas da Prefeitura será de R$ 310 milhões. Ele afirmou ainda que estava negociando uma proposta para a categoria - reajuste de 72% - quando veto foi derrubado pelos vereadores.

"Eu não vou fechar UPA para pagar servidores. Eu não vou fechar hospital municipal, eu não vou deixar de coletar o lixo das pessoas, deixar de pagar o que estou pagando no transporte coletivo para que as pessoas deixem de rodar", disparou Bruno Reis.

"Uma medida como essa pode representar uma judicialização que ninguém sabe quando vai acabar. E tudo isso a troco de que, em ano de eleição? de apoio político, de brincar com as pessoas, enganando as pessoas, falando algo que não pode prosperar? qual o orçamento de um governo que resiste a um impacto de R$ 310 milhões, em um ano? Nenhum! Não tem previsão orçamentária para isso. Portanto, não tem como ser pago", completou.

Recado claro

O prefeito de Salvador, ainda na coletiva, mandou um recado àqueles que, segundo ele, vem tentando atrapalhar a gestão. "Aqueles que torcem contra a cidade, não vão conseguir. Nós não vamos permitir. Do ponto de vista numérico, não há como prosperar esse absurdo que aconteceu ontem. Um ato de irresponsabilidade e desrespeito aos vereadores. Um atropelo em troca de apoio político e de jogar para a torcida", disparou o prefeito.

Contudo, ele ressaltou que o diálogo com a categoria segue aberto. "Continuo disposto a buscar caminhos. Mas, nada vai tirar a regra de ouro dessa gestão, que é a arrecadar mais e gastar menos, nem que tenha que passar por cima do meu cádaver", afirmou Bruno Reis.

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