Política

“Bruno Reis tem vendido a cidade”, dispara líder da oposição na Câmara de Salvador

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Laina Crisóstomo criticou projetos da prefeitura e afirmou que Bruno Reis tem vendido a cidade  |   Bnews - Divulgação Joílson César / Bnews
Edvaldo Sales e Lula Bonfim

por Edvaldo Sales e Lula Bonfim

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Publicado em 08/08/2023, às 15h33


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A vereadora Laina Crisóstomo (PSOL), líder da oposição na Câmara Municipal de Salvador, fez duras críticas na tarde desta terça-feira (8) ao prefeito Bruno Reis (União Brasil) e aos últimos projetos encaminhados pela prefeitura ao legislativo. De acordo com a oposicionista, os pedidos de autorização para pegar R$ 300 milhões em empréstimos e para a venda de terrenos públicos coloca em xeque o discurso de que a gestão financeira do município está sendo bem feita.


“A secretária [municipal da Fazenda] Giovanna Victer diz que a gestão está equilibrada e tem um equipamento de qualidade, tranquilo, então o orçamento público está de boa. Mas por que está precisando desses R$ 300 milhões? Por que mais uma vez a gente vai ter um processo de desafetação de terrenos públicos, ao invés de se pensar em programas sociais, como, por exemplo, a ampliação do Minha Casa, Minha Vida?”, questionou Laina, em entrevista ao BNews.


Na avaliação da vereadora, a intenção de Bruno Reis é “vender a cidade” para a iniciativa privada, através de privatizações, concessões e terceirizações, esvaziando a gestão municipal de responsabilidades sociais.


“A gente retorna do recesso parlamentar já fazendo o debate do que Bruno Reis tem feito a muito tempo: vendido a cidade e feito com que a gente tenha muitas dúvidas dessa gestão. É o uma gestão de quê? É uma gestão contra as pessoas? É uma gestão que não pensa o social, não pensa o acolhimento? Esse é um debate que, para nós, é estrutural. A gente continua gritando que não aceita que Salvador siga a venda, porque é isso que ele [Bruno Reis] tem tentado fazer”, disparou a psolista.


Laina ainda fez duras críticas ao projeto que pede autorização da Câmara para um pedido de empréstimo em até R$ 300 milhões. De acordo com a vereadora, o texto encaminhado por Bruno Reis para o legislativo é vago e não contém informações suficientes para a avaliação dos parlamentares municipais.


“O projeto é muito raso, sem nenhuma justificativa real e sem nenhum relatório de impacto que comprove a necessidade desses R$ 300 milhões. Com zero transparência, porque é muito vago, são poucas as informações. Simplesmente, mais um projeto do Executivo que vem sem relatório de impacto e sem informações necessárias para que a gente consiga construir e fazer essa discussão. Infelizmente, a gente tem poucas informações”, insistiu Laina.


“O que vai ser dado em garantia é dinheiro público, é o orçamento público. Então, isso pode prejudicar a execução de outros programas e ações do município que foram previstas na LDO, na LOA, no PPA. É uma preocupação nossa, estrutural, porque a gente pensa em que cidade a gente quer construir. Porque a cidade que Bruno Reis quer construir é a cidade do lucro e da entrega para a especulação imobiliária e para o capital privado. Nós não acreditamos nessa forma de governar”, concluiu a líder da oposição.


Na tarde desta terça, está programada uma ida da secretária Giovanna Victer à Câmara Municipal, para prestar esclarecimentos aos vereadores quanto aos projetos encaminhados pela prefeitura.

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