Bruno Reis veta projetos de vereadores da base e pode gerar “climão” na CMS; entenda

O prefeito Bruno Reis (UB) enviou para a Câmara Municipal de Salvador (CMS) dois vetos totais a dois projetos de lei de autoria de vereadores de sua própria base aliada: Cláudio Tinoco (UB) e Kiki Bispo (UB), que inclusive, é líder de governo na Casa. 

Os PLs versam sobre estacionamento livre e atendimento prioritário em órgãos municipais. Os vetos serão votados na segunda-feira (28), na 55ª sessão ordinária da CMS. Na Ordem do Dia de assuntos a serem debatidos na sessão, publicada no Diário Oficial do Legislativo, consta os vetos 23 e 24. 

Política

Parece que a direita esqueceu tudo o que Moro falou contra Bolsonaro, dispara presidente do PL

Agro

“Acesso ao crédito rural no Brasil é obstáculo para pequenos e médios produtores”, diz pesquisa; saiba por que

O veto Nº 23 é referente ao Projeto de Lei nº 136/2019, de autoria de Kiki Bispo, que prevê o atendimento prioritário a todos os doadores de sangue, que estiverem em dia com a doação, em repartições públicas, hospitais, agências bancárias, casas lotéricas e locais de eventos culturais no município de Salvador. 

Já o veto Nº 24 é ao Projeto de Lei nº 163/2021, de  Cláudio Tinoco, que prevê a criação de Zonas Especiais de Estacionamento Livre no município. Os dois projetos foram aprovados, com parecer favorável, na Comissão de Constituição e Justiça e Redação Final (CCJ) e no Plenário antes de ir à sanção do prefeito, que os vetou. 

A quantidade de vetos do prefeito a projetos de lei aprovados na CMS tem irritado vereadores, tanto de oposição quanto de situação. Recentemente, o vereador Átila do Congo (Patriota), que também é da base do governo, se irritou com o colega de bancada, Téo Senna, que é membro da CCJ, por conta dos inúmeros relatórios contrários na comissão, alegando, segundo Átila, que, mesmo aprovado em plenário, “o prefeito iria vetar depois”. 

A reclamação tem sido constante por parte dos vereadores. Também recente, o vereador Augusto Vasconcelos (PCdoB), fez discursos fortes contra o prefeito por conta do veto ao  projeto de sua autoria para a inclusão do ensino de capoeira nas escolas da capital baiana.

Dias depois, a prefeitura lançou a construção da Arena da Capoeira e foi duramente criticado por aparecer numa roda se arriscando no esporte.