Política

Caso Marielle: Deputada pede que MPM cobre afastamento de Braga Netto do Exército; entenda

Marcelo Camargo / Agência Brasil
Braga Netto foi o responsável por nomear chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro suspeito de participação na morte de Marielle  |   Bnews - Divulgação Marcelo Camargo / Agência Brasil
Tácio Caldas

por Tácio Caldas

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Publicado em 28/03/2024, às 06h55 - Atualizado às 07h00


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Uma deputada federal acionou o Ministério Público Militar (MPM) para que tome medidas contra um militar supostamente envolvido na morte de Marielle Franco (PSOL). A parlamentar, que compõe o mesmo partido da ex-vereadora, quer que o MPM cobre o afastamento do general de reserva Walter Braga Netto do Exército. Isso porque o militar é investigado por nomear o delegado Rivaldo Barbosa como chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PC-RJ), pouco antes da morte da edil socialista.

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O pedido foi feito pela deputada Luciene Cavalcante (PSOL). De acordo com ela, é preciso investigar o militar porque a nomeação de Rivaldo Barbosa ocorreu "de forma discricionária e sem fundamentação".

É de extrema importância e gravidade o contexto que levou à nomeação de Rivaldo Barbosa, uma vez que se deu não só de forma discricionária e sem fundamentação, como também em desacordo com a Inteligência da Polícia Civil do Rio de Janeiro, o que pode representar uma violação à lei e à ordem pública”, afirmou Cavalcante.

Vale lembrar que a Polícia Federal (PF) vê Rivaldo Barbosa como o "autor intelectual" do homicício contra a ex-vereadora Marielle Franco (PSOL). Isso porque, os investigadores entendem que Barbosa 'planejou "meticulosamente" a execução de Marielle Franco e teve "total ingerência" para sabotar as investigações que comandava'. Este trecho é de uma manifestação da própria PF citada na decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Barbosa foi preso no último domingo, dia 24 de março de 2024.

ENVOLVIMENTO DE BRAGA NETTO

Todo este caso remonta do ano de 2018, quando da gestão "tampão" de Michel Temer, o militar era o interventor federal na segurança pública do Rio de Janeiro. Na ocasião, a própria Polícia Federal prendeu um chefe da PC-RJ que era subordinado ao próprio militar. Na ocasião, Braga Netto afirmou que teria assinado àquela nomeação por "questões burocráticas".

Depois deste caso, o militar ainda foi ministro da Defesa e da Casa Civil do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O general de reserva do Exército ainda foi candidato à vice-presidente na chapa de reeleição de Bolsonaro, em 2022. Segundo a PF, Braga Netto teria participado das articulações golpistas. Com informações do colunista Guilherme Amado, do Metrópoles.

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