Política

Cinco anos sem Marielle: Laina Crisóstomo fala sobre legado da vereadora assassinada e cobra justiça

Dinaldo Silva / BNews
Marielle Franco foi assassinada em 14 de março de 2018, no Rio de Janeiro  |   Bnews - Divulgação Dinaldo Silva / BNews

Publicado em 14/03/2023, às 15h59 - Atualizado às 16h29   Eduardo Dias e Edvaldo Sales


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Co-vereadora das Pretas Por Salvador e líder da oposição na Câmara Municipal de Salvador (CMS), Laina Crisóstomo (PSol), falou sobre o legado da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco, assassinada há exatos cinco anos.

Na verdade, esses cinco anos, para nós, são de luta e de denúncia desde o dia da execução da companheira Marielle. A gente tem debatido o quanto aquilo foi um femicídio político e foi o reforço do que é a violência política de gênero contra o corpo das mulheres pretas que ocupam espaços de poder”, disse em entrevista ao BNews, nesta terça-feira (14), durante sessão na Câmara.

Laina destacou que, mesmo recebendo 46 mil votos, Marielle foi vítima da violência. “Sofreu tombamento e o que a gente segue falando é que queremos saber quem matou Marielle. Quem mandou o vizinho de Bolsonaro matar Marielle. Mas, acima de tudo, neste novo governo existe um compromisso e a gente segue cobrando justiça por Marielle”.

De acordo com a vereadora, a partir das 18h de hoje vai ter uma sessão especial na Câmara. “Uma sessão que está sendo construída por vários partidos que fazem frente ao bolsonarismo e ao fascismo, mas também vamos ter ato na frente da Câmara a partir das 16h30. O que a gente pede é que o legado de Marielle seja respeitado porque nós somos sementes dela".

Com uma placa de Marielle pendurada no pescoço, Laina relembrou a cena que viralizou nas eleições presidenciais de 2018, quando Rodrigo Amorim e Daniel Silveira, ambos bolsonaristas, quebraram uma placa em homenagem à política em cima da sinalização da praça Marechal Floriano, no Rio de Janeiro.

Tentaram silenciar inúmeras companheiras pretas. O processo de violência política continua acontecendo. [...] Nós somos apenas 15% das parlamentares em todo Brasil. Isso significa dizer que a gente precisa continuar fazendo frente á ocupação dos espaços de poder para construir políticas públicas. Se uma Marielle incomodou, nós vamos seguir incomodando a política tradicional e conservadora”.

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