Conjuntura Atual
Publicado em 31/08/2021, às 20h59 Luiz Fernando Lima
Uma ligação do “Galego” tem peso incalculável nos debates internos do grupo político que administra a Bahia desde 2007. Em alguns momentos de lá para cá as decisões foram tomadas, apoios dados e outros retirados. Para a alegria do experiente deputado federal licenciado, Nelson Pelegrino (PT), neste caso, o martelo de sua indicação veio depois que o Jaques Wagner conversou com a base.
Papel de cada um
Não se trata de criar rusga entre Wagner e Rui Costa, até porque, quem conhece e convive com os dois sabe que não cola, mas é importante deixar claro que as primeiras ligações feitas pelo atual governador não foram tão bem recebidas quanto as azeitadas pelo senador.
Normal
Este peso e medida diferente é normal por vários fatores. O primeiro é que o Galego sempre foi mais dado à política que Rui. O segundo é que o senador, pretenso candidato ao governo, carrega em si a perspectiva de poder, já o atual governador traz consigo o peso das negativas impostas ao longo de quase oito anos. Nada fora da curva, até então.
Derretimento?
Pode olhar os números, o deputado licenciado vinha derretendo eleitoralmente e há quem diga que teria mais uma eleição, a próxima, tranquila e de resto, muita dificuldade de manter o recall! Quando aprovado para o cargo longevo (a aposentadora compulsória se dá aos 75 anos), Pelegrino passa de candidato em queda para cabo eleitoral em potencial. A mudança não é nada singela.
Não existe
Uma coisa que não existe, por escrever, é espaço no Poder. Isso é menos provável que encontrar vaga de estacionamento de rua no Comércio, às 10h, de segunda-feira. Vá lá. Você pensou, alguém já foi convidado pelo flanelinha.
Dito isso
A Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado (Sedur) está sendo disputada com facas e dentes. Há quem diga que o espaço é do PT e ninguém toma. Resta saber se o secretário Caetano, liso na política, em conjunto com Rui e Wagner também pensam assim. Na história recente do agrupamento, se sabe que quem é de casa tem menos prioridade que a visita.
Uma historinha
Nesta conversa toda sobre o MDB voltar a dialogar com petistas fica uma lição que já foi dada na política: a terra é redonda e gira em movimento de translação e rotação. Às vezes, não tão raras assim, dá um duplo carpado também.
Para lembrar
Em 2004, o PT apoia João Henrique para a prefeitura de Salvador, o prefeito estava no PMDB. Em 2006, o PMDB faz parte do eixo prioritário de ascensão petista na Bahia. Em 2009, entre uma obra e outra, a confusão se instala e o grupo é desfeito. Quem lembra do conflito sabe que nem carta de exoneração o Galego quis receber. O negócio foi tão feio que os pedidos foram deixados na “caixa postal” do Palácio de Ondina. Na época não tinha e-mail consolidado e tampouco WhatsApp. Era analógico mesmo!
Ainda nesta história
O PP foi alçado a principal aliado dos petistas, principal em força (não em alinhamento, ok? PSB e PCdoB). O PSD ainda não havia sido criado, assim que o foi, também articulou na aliança e eis que este é grupo que comanda o estado desde então. Será que o MDB seria mesmo bem-vindo assim?
Para não deixar de falar
ACM Neto e João Roma ainda não se entenderam. Tem gente contando os dias, as semanas, os meses e considerando isso tudo uma grande perda de tempo. Resta combinar com os “ucraniano”.
Outras questões
Bolsonaro enviou para o Congresso Nacional a peça orçamentária de 2022. Sem novo Bolsa Família, sem mudança no precatório, com o orçamento para financiamento de campanha de R$ 2 bilhões, sem orçamento paralelo. Enfim, das duas uma: ou ele não acredita que o orçamento será aplicado e, portanto, o considera uma peça de ficção. Ou quer que o desgaste seja todo dos parlamentares. Vamos aguardar a continuação da saga. O fato é que o que é dito no cercadinho tem valor inversamente proporcional ao custo de vida no Brasil.
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