Política

Convite do PL a Muniz revela fragilidade de João Roma à frente do partido; entenda a polêmica

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Presidente estadual da sigla, Roma não tinha “ciência” do convite feito ao vereador de Salvador  |   Bnews - Divulgação Max Haack/Divulgação

Publicado em 03/02/2023, às 15h34 - Atualizado às 18h23   Eduardo Dias


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A possível filiação do presidente da Câmara Municipal de Salvador (CMS), Carlos Muniz (PDT), ao Partido Liberal (PL), presidido na Bahia pelo ex-deputado federal João Roma, demonstra uma certa "fragilidade" do político à frente da sigla. Ele assumiu o partido pouco depois das eleições de outubro do ano passado. 

O BNews antecipou nesta semana que Muniz recebeu uma espécie de convite formal do partido para filiação. No entanto, o convite não partiu de João Roma, o que teria deixado o ex-deputado de "cabelo em pé" ao imaginar que tenha alguém tentando mandar mais do que ele dentro da sigla. Fontes ligadas ao PL dão conta de que Roma "não tinha ciência do convite feito a Muniz". 

A reportagem apurou com interlocutores do partido que a possível mudança esteja sendo articulada pelo vice-governador Geraldo Júnior (MDB), líder político de Muniz, que tenta construir uma base partidária sólida visando uma possível candidatura à Prefeitura de Salvador em 2024. 

Geraldo Júnior já negou publicamente que tenha intenção de levar o aliado para o partido de oposição e declarou que as portas do MDB estão abertas para ele. Quanto a Roma, o que se sabe, até então, é de que ele tem buscado identificar de onde partiu tal convite. 

Nos corredores da política baiana ecoa a informação de que uma filiação de Carlos Muniz traria à tona um enfraquecimento de Roma no comando do PL. Isso porque o ex-deputado é aliado direto do ex-presidente Jair Bolsonaro e oposicionista ferrenho do governo do PT na Bahia, do qual Muniz é aliado.

Apesar disso, o partido de Roma elegeu quatro deputados estaduais para a Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA). No entanto, há uma espécie de "racha" entre os parlamentares quando o assunto é composição de base e oposição. Isso porque em troca de cargos no governo, dois aliados de Roma devem compor base de apoio a Jerônimo Rodrigues na ALBA.

O BNewstrouxe a informação na quarta-feira (1º), quando revelou que os deputados Vitor Azevedo, que é ex-chefe de gabinete de Roma, e Raimundinho da JR, irão compor a base governista, diferentemente de Leandro de Jesus e Diego Castro, que declararam independência de bancada e prometeream realizar oposição própria. 

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