Coronavírus

ACM Neto condena invasão de Capitão Alden a hospital de campanha: "Ele errou redondamente"

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Neto classificou o caso como "absurdo" e disse que é preciso ser utilizado o "poder de polícia" para coibir futuras invasões  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/BNews

Publicado em 18/06/2020, às 10h18   Luiz Felipe Fernandez/Nilson Marinho


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O prefeito ACM Neto condenou a invasão do deputado Capitão Alden (PSL) ao hospital de campanha Riverside, em Lauro de Freitas. Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (18), o democrata ressaltou a boa relação com o parlamentar, mas foi contundente: "Nesse episódio ele errou redondamente".

"É lamentável e inaceitável que qualquer cidadão invada uma unidade hospitalar nesse momento, pior ainda armado e pior ainda sendo parlamentar. [...] tenho boa relação, sempre dialogamos sobre a área da segurança pública, mas, nesse episódio, ele errou redondamente", declarou o prefeito, que acrescentou que este comportamente causa "pânico" não só nos pacientes internados como também nos profissionas que trabalham no local, na linha de frente do combate à Covid-19.

Neto classificou o caso como "absurdo" e disse que é preciso ser utilizado o "poder de polícia" para coibir futuras invasões. Ele pediu atenção do Ministério Público e do "poder judiciário" para situações como esta sejam advertidas. "Uma atitude que recebe a minha mais veemente contestação e lamentação", resumiu.

O deputado Alden invadiu as dependências do hospital de campanha Riverside, junto com assessores e seguranças. Segundo ele, o intuito era "fiscalizar" as instalações após receber uma denúncia de possíveis irregularidades em contratos do Governo da Bahia. O parlamentar defende que esta é a forma correta de atuação de um político eleito para o legislativo.

Procurada pelo BNews, a assessoria de Alden questinou a existência de provas de que ele ou os que acompanhavam estavam armados e que o ato foi em resposta ao clamor dos seus eleitores. Por outro lado, negou que o discurso do presidente Jair Bolsonaro, apoiado pelo deputado, de incitar que as pessoas invadissem hospitais para conferir a ocupação de leitos, não teve nenhuma influência sobre o ato cometido nesta quarta-feira.

O caso foi denunciado pela própria Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) que acionou a polícia e registrou um Boletim de Ocorrência contra o deputado e seguranças. De acordo com a pasta, em certo momento o parlamentar ficou em frente a um quarto em um paciente estava com as partes íntimas expostas no momento do asseio.

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