Coronavírus

Após pressão de evangélicos, Câmara de Salvador aprova abertura de igrejas em tempos de calamidade pública

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Texto agora segue para sanção do prefeito ACM Neto  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 23/06/2020, às 17h12   Henrique Brinco


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A Câmara Municipal de Salvador aprovou a proposta que garante a abertura de templos religiosos mesmo durante períodos de calamidade pública ou de restrição de circulação na cidade. O Projeto de Lei 125/2020, de autoria do vereador Luiz Carlos (Republicanos), foi apreciado em Plenário nesta terça-feira (23).

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Luiz Carlos argumentou que essas instituições realizam relevante trabalho social e, por vezes, colaboram com o estado em períodos de crise. "Isso fica evidente nas diversas campanhas de arrecadação e distribuição de alimentos, roupas, material de higiene pessoal e doação de sangue que as instituições religiosas realizam, mesmo em períodos de calamidade pública", justificou.

O projeto decorre da pressão da bancada evangélica durante a pandemia do novo coronavírus, quando a Prefeitura de Salvador baixou decretos impedindo algumas atividades em templos. As medidas causaram insatisfações em líderes evangélicos. O texto agora segue para sanção do prefeito ACM Neto (DEM).

Reunião

Em reunião com o vice-prefeito Bruno Reis (DEM), a vereadora Lorena Brandão (PSC), também integrante da bancada evangélica, voltou a pedir nesta segunda-feira (22) a reabertura dos salões de beleza e barbearias com totais medidas de segurança e higiene dos cabeleireiros e cliente. Além disso, a edil discutiu também a ideia de o funcionamento dos templos religiosos mudar de número de pessoas para porcentagem da capacidade das igrejas. 

Sobre a mudança do protocolo de realização de cultos nas igrejas, a vereadora afirmou ser favorável ao funcionamento por porcentagem da capacidade dos templos. Hoje, o decreto prevê que elas realizem suas atividades com até 50 pessoas. 

"As igrejas já entenderam a necessidade do protocolo de higienização, por isso discutimos uma evolução neste protocolo. É importante que a gente comece a pensar em porcentagem, visto que pensar em número exato a Igreja perde. Aquelas que têm cinco mil lugares, por exemplo, não têm condições de funcionar apenas com 50 pessoas, assim também as igrejas menores, que por muitas vezes tem 50, 60 membros", acrescentou.

Classificação Indicativa: Livre

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