Coronavírus

Bolsonaro volta a criticar governadores e medidas de isolamento: "Lockdown não é remédio"

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"Até mesmo a desacreditada OMS disse que o lockdown não serve para combater a pandemia. Ela tem apenas uma consequência: transformar os pobres em mais pobres", disse.  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Marcelo Camargo

Publicado em 11/03/2021, às 16h25   Redação BNews


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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a dizer nesta quinta-feira (11) que o lockdown - medida de isolamento social que consiste no confinamento total de pessoas ou cargas - não serve para combater a pandemia da Covid-19.

Bolsonaro, inclusive, citou a Organização Mundial da Saúde (OMS) para defender o seu posicionamento, embora tenha descrito a instituição como "desacreditada". Segundo o  portal UOL, as declarações foram feitas durante evento no Congresso Nacional, 

"Até mesmo a desacreditada OMS disse que o lockdown não serve para combater a pandemia. Ela tem apenas uma consequência: transformar os pobres em mais pobres", disse.

Em outubro, o enviado especial da OMS para covid-19, o britânico David Nabarro, disse que o órgão não defendeu o confinamento como o principal meio de controle do vírus. A organização entende que a medida é amarga para a economia das sociedades embora seja eficaz para conter a contaminação em situações de descontrole da transmissão.

Bolsonaro também aproveitou a ocasião para atacar governadores, que, com o agravamento da crise, estão adotando restrições como o toque de recolher, entre outras medidas para conter o avanço do vírus.

"Aqui no Distrito Federal, toma-se medida por decreto de estado de sítio, das 22h às 5h ninguém pode andar. Uma medida extrema dessa, só eu, o presidente da República, e o Congresso Nacional, poderiam tomar. E a gente está deixando isso acontecer, ficando quietos... ", lamentou.

Bolsonaro citou ainda o estado de São Paulo, onde o governo de seu opositor João Doria (PSDB)". Sob risco de colapso em seu sistema de saúde, São Paulo entra no próximo sábado (13) em uma nova fase emergencial de seu plano de abertura econômica.

"O efeito colateral do combate ao vírus está sendo mais danoso, lockdown não é remédio", avaliou. Segundo o presidente Bolsonaro, quem opta pelo toque de recolher não está preocupado com vidas.

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